Director do Sporting envolvido em três agressões em cerca de dois anos

Director das modalidades “leoninas”, Miguel Albuquerque, terá sido agredido por adeptos das “águias” após a final da Supertaça. GNR confirma ao PÚBLICO que dirigente recebeu assistência médica, mas não adianta informações sobre eventuais suspeitos.

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Miguel Albuquerque, director das modalidades dos "leões" SPORTING

Após o apito final no jogo da Supertaça de domingo, Frederico Varandas, presidente do Sporting, denunciou uma agressão a um director dos “leões”, dizendo que este tinha sido agredido por adeptos do rival Benfica. “Hoje [domingo] um director do Sporting foi agredido por 15 cobardes selvagens que não podem estar no desporto. Aconteceu aqui, à saída, teve de receber assistência hospitalar. Tivemos aqui todas as personalidades, isto não pode acontecer novamente. Há que banir estes selvagens”. O caso foi o terceiro a envolver o dirigente sportinguista em cerca de dois anos.

Apesar de não ter revelado qual dos elementos da estrutura directiva tinha sido alvo das agressões, Miguel Albuquerque, nas redes sociais, também denunciou o incidente, garantindo que tinha sido agredido a murro e a pontapé por adeptos “devidamente identificados” do clube da Luz. 

“No final do jogo da Supertaça de Futebol, no Estádio do Algarve e quando me dirigia para o meu carro, fui cobardemente atacado por cerca de 15 adeptos do Benfica devidamente identificados com camisola desse clube, que ao me reconhecerem avançaram em grupo desferindo vários murros na cabeça, socos e pontapés!”, escreveu o dirigente “leonino” no Facebook. 

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Foto de Miguel Albuquerque após as agressões TWITTER

Questionado pelo PÚBLICO, o major Bruno Ribeiro, da Guarda Nacional Republicana, confirma por email que o director das modalidades do Sporting se dirigiu a um agente desta força policial queixando-se de ter sido alvo de agressões, recebendo, posteriormente, assistência médica da Cruz Vermelha. Esta fonte não revela, porém, quaisquer dados sobre os eventuais agressores. 

Questionado na zona mista sobre as agressões denunciadas minutos antes por Frederico Varandas, o presidente das “águias”, Luís Filipe Vieira, disse não ter ainda conhecimento dos incidentes, adiantando, porém, que os lamentava, caso tivessem acontecido como indicados pelo homólogo “leonino”. Se for verdade [a agressão a Miguel Albuquerque] lamento muito”, afirmou o presidente dos “encarnados”, enaltecendo o clima de fair play vivenciado na final.

Miguel Albuquerque envolvido noutras agressões

Não é a primeira vez que Miguel Albuquerque se vê envolvido em situações de violência. Em Março, no Dragão Caixa, a esposa do director de modalidades foi agredida por um adepto portista, após uma troca de palavras entre o casal e simpatizantes portistas que se encontravam na bancada VIP do pavilhão.

Os “dragões” repudiaram, através de um comunicado, a “zaragata” e interditaram o adepto prevaricador do pavilhão, mas negaram que o administrador da SAD, Adelino Caldeira, tenha protegido o agressor das autoridades, como Miguel Albuquerque deixou a entender na conferência de imprensa após a partida. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Patinagem puniu os “dragões” com três jogos à porta fechada pelos incidentes da 20.ª jornada do campeonato nacional.

Em Setembro de 2016, porém, foi o dirigente “leonino” a sofrer punições dos órgãos de disciplina. Miguel Albuquerque recebeu 16 meses de suspensão, na sequência de uma agressão a Bruno Coelho, jogador de futsal do Benfica, em Junho desse mesmo ano. Em Dezembro, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) reduziu em meio ano a pena aplicada ao director das modalidades do Sporting, que cumpriu 12 meses e dez dias de suspensão. 

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