Ronaldo no top-10 pela 13.ª vez, Fernando Santos está de regresso

A FIFA anunciou nesta quarta-feira os treinadores e jogadores de futebol masculino e feminino nomeados para o prémio The Best. Os vencedores serão conhecidos a 23 de Setembro, numa gala a realizar em Milão.

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Cristiano Ronaldo venceu o The Best em 2016 e 2017 LUSA/ANDY RAIN

Os troféus vão mudando de nome, mas pelo 13.º ano consecutivo Cristiano Ronaldo vai estar entre os dez melhores jogadores do mundo. Apesar de não ter apresentado os números de outras temporadas, é sem surpresa, o capitão da selecção portuguesa é um dos nomeados para os The Best 2019, prémios da FIFA que serão entregues a 23 de Setembro no Teatro alla Scala, em Milão. De fora, fica Luka Modric: após conseguir em 2018 acabar com o domínio absoluto durante uma década de Ronaldo e Messi, o croata não figura no “top-10” de 2019. Nos treinadores, após ter ficado o ano passado de fora da lista de nomeados pela primeira vez em oito anos, Portugal volta a ter Fernando Santos como seu representante nos dez técnicos escolhidos.

A maioria é repetente e já sabe o que é figurar entre os dez melhores do mundo, mas a lista de nomeados para o The Best 2019 surge este ano revigorada pelo excelente ano da Holanda. A atravessar uma crise de resultados e identidade nos últimos tempos, o futebol holandês ressurgiu em força em 2019 com a excelente campanha do Ajax na Liga dos Campeões e a qualidade da rejuvenescida “laranja mecânica”. Com a boa época do clube de Amesterdão e da selecção holandesa, a Holanda é o país mais representado, com três jogadores: Frenkie de Jong, Matthijs de Ligt e Virgil van Dijk.

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Dos restantes sete escolhidos pelo painel de especialistas da FIFA (Baresi, Bumkun, Capello, Herbert, Kaká, Matthaus, Maturana, Hugo Sánchez, Verón e Xavi), seis já estiverem entre os dez primeiros em 2018 (Ronaldo, Hazard, Kane, Mbappé, Messi e Salah), mas Sadio Mané, senegalês do Liverpool que há um ano foi 22.º, vai discutir com Salah, seu companheiro de equipa nos “reds”, o estatuto de melhor africano.

Desde 2010, Portugal teve sempre treinadores nomeados pela FIFA — a excepção foi 2018 —, mas Fernando Santos terá a oportunidade de repetir o feito de Mourinho, que continua a ser o único português que venceu o troféu.

Para além do seleccionador nacional, que foi terceiro em 2016, ano em que ganhou o Euro 2016, estão na corrida à sucessão de Didier Deschamps (que está entre os nomeados) mais três seleccionadores — Belmadi (Argélia), Gareca (Peru) e Tite (Brasil) —, e cinco treinadores de clube — Gallardo (River Plate), Guardiola (Manchester City), Klopp (Liverpool), Pochettino (Tottenham) e Erik ten Hag (Ajax).

Nos nomeados para os prémios do futebol feminino, as escolhas foram influenciadas pelo Campeonato do Mundo, prova que terminou há menos de um mês em França. Sem surpresa, os Estados Unidos é o país com mais nomeadas e há uma certeza para o próximo dia 23 de Setembro: haverá uma vencedora inédita.

As norte-americanas, que conquistaram pela segunda vez consecutiva o Mundial, dominam a lista de 12 atletas indicadas e Megan Rapinoe, a experiente avançada dos Seattle Reign FC que foi considerada a melhor jogadora no Mundial 2019, é uma das favoritas. Rapinoe, de 34 anos, foi quarta em 2018 e, desta vez, não terá a concorrência de Marta. A brasileira, que ganhou o The Best há um ano e já foi seis vezes distinguida como a melhor do mundo, acabou prejudicada pelo fraco Mundial do Brasil, que foi eliminado nos oitavos-de-final.

Para além de Marta, a segunda classificada em 2018 (Dzsenifer Marozsán), também ficou de fora das nomeadas, mas a norueguesa Hegerberg, que fechou o último pódio do The Best, volta a estar na corrida ao troféu.

Nos treinadores, o antigo internacional francês Reynald Pedros, considerado o melhor treinador do futebol feminino em 2018, pode repetir a conquista do The Best. O técnico do Lyon terá, no entanto, a concorrência da holandesa Sarina Wiegman, que levou a selecção do seu país à final do Mundial. Na pole position estará, porém, Jill Ellis. A inglesa mereceu em 2015 a distinção da FIFA de melhor treinadora, após vencer com os Estados Unidos o Campeonato do Mundo, e após repetir a proeza este ano, surge como natural favoritismo à conquista do The Best.

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