Toda a história política e familiar que há num indivíduo

País Clandestino, co-criação de três latino-americanos e duas europeias que chega no final deste Festival de Almada, reflecte sobre a bagagem que cada um carrega na sua vida e pergunta-se o que fazer com ela.

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Guto Muniz

“Lugar de fala” é um conceito que se popularizou na América Latina e que defende a explicitação do background de cada um quando faz uso da palavra em relação a temáticas mais sensíveis. Não é apenas uma forma de legitimação de quem se manifesta em relação ao racismo, ao sexismo, à homofobia, à transfobia ou aos preconceitos de classe e religiosos, enquanto vítima de um sistema de poder, mas também, como diz o encenador brasileiro Pedro Granato, “contextualiza de onde se fala, quem se é, em que lugar de privilégio se encontra, qual a posição de cada um na História para falar da História”. E é um conceito que Granato, Jorge Eiro, Maëlle Poésy, Florencia Lindner e Lucía Miranda adoptam em País Clandestino, criação que os cinco apresentaram em 2017 em Santiago do Chile e, passado um ano, no Festival Internacional de Buenos Aires — de onde partiu a encomenda original. Agora, a 15 e 17 de Julho, é a vez de se mostrarem no Fórum Romeu Correia, a convite do Festival de Almada.

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