Em Cedofeita, as lojas vão sair à rua para dar “mais alegria a quem passa”

Iniciativa dinamizada pela Câmara do Porto tem como objectivo promover o comércio de rua através de promoções extra e intervenções artísticas.

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Gonçalo Dias
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Animada, artística e decorada. É assim que vai estar a zona pedonal de Cedofeita neste sábado, 6 de Julho. Trata-se de mais uma edição da iniciativa “Lojas na rua”, que pretende atrair mais público e consumidores para o comércio que ali se situa. O momento não poderia ser mais oportuno já que a iniciativa coincide com a época das tradicionais promoções de Verão. Para além destas, as 57 lojas que aderiram ao programa prometem presentear os clientes com descontos extra e ofertas especiais.

O evento, dinamizado pela Câmara do Porto, parece agradar não só a quem vai comprar, mas também a quem tem negócios naquela zona pedonal que vai do cruzamento com a rua do Breiner até à praça de Carlos Alberto.

Jayendra Manilal é proprietário de uma loja de roupa para recém-nascidos pelo que o crescente movimento de turistas que se tem registado na cidade não lhe serve particularmente. É por isso que deposita as suas esperanças na programação de sábado para ver mais portuenses a entrar no estabelecimento. “Aqueles que vivem no Porto e que gastam produtos nossos é que deviam de vir.” Daí que só tenha elogios a tecer: “isto ajuda muito. Serve para divulgar as nossas lojas, os nossos artigos”.

A sinergia que se gerou entre os vendedores é um dos aspectos destacados por Maria João Martins, representante do espaço Me Allegro: “junta-nos de uma forma muito colaborativa e interessante, numa actividade que é de todos e para todos. Acaba por haver aqui uma ligação entre todas as lojas que também potencia as relações entre os espaços, quase como se fossemos um shopping ao ar livre”.

Apesar de o ponto alto da actividade durar apenas um dia, quem pela rua de Cedofeita tem passado já pode contemplar o colorido proporcionado pelo vinis e pelas milhares de fitas em néon que foram colocadas nos edifícios que ladeiam a rua. “Logo no primeiro dia em que as tivemos, se ficássemos cinco minutos a olhar, víamos toda a gente a tocar, a tentar perceber o que é que era e a tirar fotografias, muitas fotografias. Dá mais alegria a quem passa”, diz Maria João

As “fitas”, como são coloquialmente chamadas, são o elemento principal da instalação artística de Madalena Martins, que as prefere chamar “luzes elásticas”. O ponto de partida para o projecto da artista foram “focos de luz” constantes que deveriam incidir sobre cada loja, de maneira a destacá-las. A matéria escolhida para materializar esta ideia foram cinco mil metros de “elásticos florescentes”, fabricados pela Fábrica de Tecidos Invicta, o que faz do “Lojas na rua” um projecto “totalmente criado e fabricado na cidade, para a cidade”. Como se pode ler na página de Facebook de Madalena, “com o movimento provocado pelo vento, o céu fica riscado e dá corpo à ilusão”. Depois de dia 6, as “luzes elásticas” apagam-se, por isso, o melhor é não as deixar escapar.

Texto editado por Ana Fernandes

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