Pavilhão Rosa Mota reabre dentro de três meses

Obras iniciadas em 2017 estão agora na fase final. Avanço das “ligações mecanizadas” na zona está para breve depois de “problemas com alguns dos concursos”

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Pavilhão Rosa Mota vai agora chamar-se “Super Bock Arena” Adriano Miranda

A empreitada no Pavilhão Rosa Mota – que ao abrir terá o renovado baptismo de “Super Bock Arena - Pavilhão Rosa Mota” – está a cerca de três meses de estar terminada. Em Setembro, o equipamento inaugurado em 1952 deve estar pronto para dar início à sua nova vida. O ligeiro atraso na data de inauguração inicialmente anunciada pelo consórcio responsável pela construção, entre Maio e o corrente mês, deveu-se ao facto de ter sido “encontrada pedra no subsolo”, explicou a Câmara do Porto ao PÚBLICO.

O renovado espaço terá capacidade para cerca de oito mil pessoas (cinco mil lugares sentados) e será gerido pelo Porto Cem Por Cento Porto, consórcio onde ser juntam a Lucios e a PEV Entertainment. Durante 20 anos será esta a parceria responsável pela gestão do espaço, que regressa depois às mãos da câmara. Até lá, Rui Moreira diz que vai encaixar nos cofres camarários quatro milhões de euros (com uma renda mensal de 20 mil euros, actualizada à taxa de inflação), decorrente do contrato com esse consórcio, que permite ao município utilizar o espaço alguns dias por mês.

O executivo de Rui Moreira, que visitou a obra durante o fim-de-semana, confirmou esta segunda-feira ao PÚBLICO estar também para breve o projecto das ligações mecanizadas naquela zona, depois de “problemas com alguns dos concursos”. “Em Miragaia, as obras já estão a avançar, mas no Palácio foi necessário lançar novo concurso, já que a especialização da obra e a subida dos custos da construção civil atrasaram a adjudicação dos primeiros procedimentos”, clarificou o gabinete de comunicação, ressalvando que o início da empreitada “está, ainda assim, para breve”.

A ideia de facilitar ligações entre quotas altas e baixas da cidade começou a ganhar lastro já em 2015, quando o município pediu um estudo sobre as diferentes soluções possíveis.

Na visita deste fim-de-semana, lê-se no site oficial do movimento de Rui Moreira, o presidente destacou a urgência de “vencer a terrível inclinação” entre os diferentes níveis do jardim do Palácio e “articular a mobilidade com a Alfândega”. Nesta zona, há duas intervenções a fazer: uma de “maior escala”, entre a escarpa sul e a Rua da Restauração, e outra de “dimensão mais cirúrgica”, possibilitando uma ligação directa aos Caminhos do Romântico.

Na lista de intervenções no Palácio de Cristal – cujos jardins recebem, em Setembro, a feira do livro – está também uma “pequena empreitada para o novo acesso automóvel”, adiantam no site oficial, a “requalificação da cafetaria da Biblioteca Municipal Almeida Garrett” e ainda a “ampliação dos jardins” para o terreno da Rua de Entrequintas, que a câmara adquiriu exercendo o direito de preferência. Sobre estes projectos a autarquia diz que adiantará datas de execução “brevemente”.

No piso térreo do pavilhão - que graças a uma intervenção nas estruturas circulares da cúpula possibilitará deixar o interior completamente às escuras, como se exige em alguns espectáculos – as obras foram praticamente totais. O equipamento poderá acolher iniciativas como concertos, eventos desportivos, congressos ou feiras. Haverá um auditório com capacidade para 500 pessoas, seis salas, zonas lounge e o restaurante com vistas para o lago.

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