As nuvens e o sol giram à sua volta

As grandes composições urbanas e o fervilhar constante da vida citadina segregam ácidos, enredam demasiado a vida.

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Secreta e misteriosamente, seguem com o caminhante todos os tipos de pensamentos belos e subtis da caminhada, de sorte que no meio da sua caminhada cuidadosa e atenta ele tem que parar, imobilizar-se e ouvir, porque é cada vez mais arrebatado e confundido por estranhas impressões e pela força mágica do espírito que lhe transmite a sensação de se afundar repentinamente na terra ou que diante de seus olhos ofuscados e confusos de pensador e poeta se abre um abismo. A cabeça quer cair, e os braços e pernas sempre tão vivos, subitamente, ficam petrificados. Paisagem e pessoas, sons e cores, rostos e figuras, as nuvens e o sol giram como sombras à sua volta, e ele tem que se perguntar a si próprio: “Onde estou?” A terra e céu fluem e de repente mergulham numa névoa reluzente, brilhante e cheia, difusa; o caos começa e as ordens desaparecem.” (1)

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