Andrea Agnelli diz que reforma do futebol europeu “será demorada”

Presidente da Juventus e da Associação Europeia de Clubes também referiu que a criação de uma superliga europeia faz parte da reforma do futebol do “velho continente”.

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Andrea Agnelli lamentou a má reacção dos clubes europeus de menor dimensão face às reformas propostas Reuters/Francois Walschaerts

O presidente da Associação Europeia de Clubes (ECA), Andrea Agnelli, considerou esta sexta-feira que a remodelação do futebol europeu, nomeadamente a criação da superliga dos campeões, “será demorada” porque “ainda há muito para discutir”.

“Não há nada escrito ainda, nada é seguro, há muito para discutir. Será um processo longo, apesar de todos quererem receber respostas rápidas. Teremos de esperar uns meses”, disse Agnelli, em conferência de imprensa após a Assembleia Geral da ECA, que decorreu em Malta.

Agnelli, que também é presidente da Juventus, admitiu que muitos clubes de menor dimensão chegaram a Malta com algum “cepticismo” porque a remodelação proposta causou uma forte divisão interna na associação.

O presidente da ECA entende que “todos os clubes das ligas, sejam elas grandes, médias ou pequenas, devem ter acesso a um sistema no qual o desempenho seja mais importante que as questões financeiras”.

“O sistema actual não contempla isto: aumenta a desigualdade financeira e competitiva existentes entre os clubes das ligas mais ricas e os restantes. Além disso, impede os clubes das restantes ligas de se estabilizarem financeiramente, algo essencial para se desenvolverem dentro e fora do campo. Por isso, defendemos uma reforma”, rematou. A ECA já defendeu um sistema de subidas e descidas de divisão nas competições europeias.

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