Uma mesa para cinco: Costa almoça em Bruxelas com quatro homólogos europeus

Portugal, França, Bélgica, Holanda e Espanha sentam-se à mesa para debater o futuro da Europa e coordenar posições para a escolha dos altos quadros da União Europeia.

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Primeiro-ministro está em Bruxelas LUSA/NUNO FOX

O primeiro-ministro António Costa almoça nesta terça-feira em Bruxelas com o Presidente francês, Emmanuel Macron, bem como os seus homólogos, os primeiros-ministros de Espanha, Pedro Sanchez, da Bélgica, Charles Michel, e da Holanda, Mark Rutte, disse à Lusa fonte governamental.

Na ementa do almoço estará a avaliação dos resultados das eleições europeias de domingo passado e a coordenação de posições para a escolha dos altos quadros da União Europeia, entre eles o presidente da Comissão Europeia, do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, e ainda o cargo de Alto Representante da UE para a Política Externa, além da liderança do Banco Central Europeu (BCE).

De seguida, o primeiro-ministro terá uma reunião com os seus colegas do Partido Socialista Europeu (PSE), após a qual se reunirá com todos os chefes de Estado e de Governo da União Europeia num encontro convocado por Donald Tusk para começar o processo de nomeações das chefias das instituições europeias.

Na altura, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, afirmou que a sua intenção era que “a designação dos líderes das instituições da UE decorresse de uma forma uma célere, tranquila e eficaz”.

Ontem, numa entrevista à SIC, António Costa traçou como sua principal prioridade a nível europeu a eleição do socialista holandês Frans Timmermans para a presidência da Comissão Europeia, considerando, em contrapartida, que o alemão do PPE (Partido Popular Europeu) Manfred Weber não tem condições para reunir esse consenso.

“Manifestamente, acho que o candidato do PPE, Manfred Weber, não tem condições, até porque tem uma rejeição quase absoluta no Conselho [Europeu] - e no Parlamento Europeu também é de todos os candidatos o que gera maior hostilidade. Frans Timmermans tem várias qualidades que o ajudam a que possa ser um bom candidato de consenso”, contrapôs.

Segundo António Costa, Timmermans, “sendo um socialista, tem uma boa relação com todas as outras famílias políticas”. “Tem desempenhado um papel fundamental na defesa dos valores europeus, relativamente aos avanços da extrema-direita”, acrescentou.

Na conferência de imprensa realizada no final da cimeira informal de Sibiu, na Roménia, a 9 de Maio, o presidente do Conselho Europeu havia dito que pretendia seguir as regras dos Tratados, que prevêem que as nomeações para os lugares de topo, tendo em conta os resultados das eleições europeias, reflictam um “equilíbrio geográfico e demográfico, de modo a que grandes e pequenos países estejam representados nas posições mais altas”, bem como “equilíbrio de género e político”.

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