Djokovic regressa ao nível mais alto

Tenista sérvio conquistou Mutua Madrid Open e consolidou liderança do ranking ATP, posicionando-se para Roland Garros.

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LUSA/KIKO HUESCA

Não ganhava um torneio desde o Open da Austrália, em Janeiro, mas Novak Djokovic aproveitou a altitude de Madrid para elevar o nível do seu ténis. Com duas exibições brilhantes durante o fim-de-semana, o sérvio conquistou o Mutua Madrid Open, consolidou a sua posição de líder do ranking e colocou-se na frente da lista de favoritos ao triunfo em Roland Garros, que tem início dentro de duas semanas.

Após a vitória muito suada sobre Dominic Thiem, no sábado, Djokovic manteve uma enorme solidez diante do pretendente Stefanos Tsitsipas, ainda à procura do seu primeiro título Masters 1000. Só que o grego acusou o esforço da véspera, em que obteve a melhor vitória da carreira, ao vencer (6-4, 2-6 e 6-3) Rafael Nadal, num encontro de duas horas e meia que terminou à meia-noite. E Djokovic dominou o encontro, em que não enfrentou qualquer break-point, para vencer, com os parciais de 6-3, 6-4.

“Depois da meia-final, disse que tinha sido uma muito, muito importante vitória para a minha confiança. Não estava a jogar o meu melhor ténis depois da Austrália e estava a tentar voltar a um bom momento de forma. Comecei bem, não perdi qualquer set em todo o torneio, por isso estou muito satisfeito”, admitiu Djokovic, após conquistar o 74.º título da carreira, 33.º Masters 1000 – igualando o recordista Nadal – e 14.º em terra batida.

Tsitsipas bem tentou evitar trocas de bolas longas do fundo do court, recorrendo aos amorties, mas o sérvio esteve muito bem a reagir a essas tentativas de desequilíbrio. O grego melhorou a sua prestação, mas nunca chegou a importunar Djokovic no seu serviço.

No segundo set houve mais equilíbrio, mas, a 4-4, Tsitsipas cedeu o break que viria a revelar-se fatal. A servir para fechar, Djokovic chegou a 40-15, mas a ansiedade traiu-o e cometeu erros directos nos três match-points de que dispôs. Depois de receber uma advertência por ultrapassar o tempo limite para servir, o sérvio encontrou a calma para construir dois bons pontos e concluir o encontro ao fim de hora e meia. No final, fez questão de elogiar o adversário.

“Obviamente que tive de elevar o nível; ele é muito talentoso. Bateu Rafa e teve uma longa noite. Podia ver que ele não estava tão dinâmico na sua movimentação como na véspera. Mas foi uma grande vitória para mim e espero continuar esta série em Roma”, adiantou o sérvio.

Há um ano, Tsitsipas estava no 40.º posto e teve de passar pelo qualifying no Masters 1000 de Roma. Entretanto, conquistou três títulos (Estocolmo em 2018 e Marselha e Estoril este ano) e foi semifinalista no Open da Austrália. Hoje, o grego vai subir ao sétimo lugar.

No Braga Open, João Domingues conquistou o seu primeiro título no Challenger Tour. Na terceira final desta categoria, o número três português derrotou o argentino Facundo Bagnis (159.º e ex-55.º), por 6-7 (3/7), 6-2 e 6-3. Em meados de Abril, Domingues estava classificado no 221.º posto, mas depois de atingir a final no challenger de Tunes, quartos-de-final no Estoril Open (ATP 250) e este título no torneio minhoto, vai surgir no 163.º lugar – o seu melhor ranking de sempre.

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