Portuguesa assassinada nos Estados Unidos por marido que tentou suicídio

Mulher portuguesa de 43 anos foi encontrada morta na sexta-feira em casa em Stoughton, no estado norte-americano de Massachusetts. Marido é acusado do crime de homicídio.

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Irmão do suspeito ofereceu-se para tomar conta dos filhos menores da portuguesa Reuters/STEVE MARCUS

Uma mulher portuguesa, de 43 anos, foi encontrada morta na sexta-feira em casa em Stoughton, no estado norte-americano de Massachusetts. O marido, acusado do crime, tentou o suicídio, de acordo com a polícia local, citada pela imprensa norte-americana.

O homem, de 48 anos, identificado pelas autoridades como brasileiro, negou o crime na segunda-feira, mas vai ter de se apresentar no tribunal de Stoughton, no dia 10 de Junho. O jornal Mass Live noticia que Rodrigues está hospitalizado e com ordem de detenção sem fiança e enfrenta uma acusação de homicídio.

Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas disse que não tem informações sobre o caso. De acordo com a imprensa local, o homem foi encontrado pela polícia de Stoughton com uma faca no corpo e levado para o hospital Boston Medical Center, onde foi submetido a cirurgia e ficou hospitalizado.

Os dois filhos do casal, um menino de sete e uma adolescente de 17 anos, estavam em casa na altura dos acontecimentos, na noite de sexta-feira, e deram o alerta a um tio, que chamou as autoridades.

O jornal Boston Globe e Local Boston relatam que os polícias de Stoughton responderam a uma chamada de emergência no final do dia de sexta-feira e tiveram de partir a porta de vidro do edifício e forçar a entrada no apartamento, onde encontraram, na sala de estar, o corpo da mulher esfaqueada e o marido, com uma faca no corpo.

Numa conferência no sábado, a chefe da polícia de Stoughton, Donna McNamara, disse que foi uma “situação de extrema violência” e que não havia registos de violência doméstica no agregado familiar.

De acordo com a imprensa local, o irmão do suspeito, Paulo Rodrigues, disse que vai ficar com os menores e “vai ajudar em tudo o que puder”.

Na mesma conferência, o procurador do distrito, Michael Morrissey, disse que os filhos estão em segurança, com “serviços apropriados” e o resto da investigação vai determinar o que os menores viram ou ouviram.

“Obviamente um período muito traumático para as crianças e estamos a comunicar com eles como apropriado, reconhecendo que têm de ultrapassar uma parte significativa de trauma”, disse o procurador.