Revisor da CP que atacou graffiters não vai a julgamento

Revisor atacou, em 2015, na Maia, com pó químico de extintor, três graffiters que acabaram por ser atropelados mortalmente por um comboio.

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nFactos/Fernando Veludo

Um juiz de instrução decidiu esta quinta-feira não levar a julgamento um revisor da CP que em 2015 atacou com pó químico de extintor, junto a um apeadeiro da Maia, três graffiters que acabaram por ser atropelados mortalmente por um comboio.

O Ministério Público tinha arquivado o inquérito-crime sobre o caso, deixando inconformados os familiares de dois dos graffiters, estes de nacionalidade espanhola, que pediram ao Juízo de Instrução Criminal de Matosinhos para rever a decisão.

A morte dos dois graffiters espanhóis e de um português ocorreu às 20h30 de 7 Dezembro de 2015 no apeadeiro Palmilheira-Águas Santas, na Maia, quando aqueles estariam a tentar grafitar as carruagens de um comboio que ali se encontrava parado e outra composição se cruzou a quase 120 quilómetros por hora, atropelando-os.

Antes do atropelamento, os graffiters foram atingidos com pó químico de um extintor empunhado pelo revisor. Os familiares dos graffiters consideraram que a nuvem de pó químico gerada impediu os jovens de ver o comboio que os viria a atropelar. A tese não convenceu o juiz de instrução criminal. O que fez o revisor, considerou o juiz de instrução, “apenas potenciou de forma residual o já elevadíssimo risco de acidente”.

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