Audições a Carlos Costa, Vítor Constâncio e consultora Ernst Young adiadas

A comissão de inquérito quer analisar primeiro a documentação que recebeu do banco público.

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O deputado do PSD Luís Leite Ramos preside ao inquérito parlamentar à CGD Miguel Manso

As primeiras audições da Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) à Ernst&Young, que elaborou a auditoria sobre a gestão do banco público entre 2000 e 2015, ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e ao seu antecessor, Vítor Constâncio, foram adiadas, disse à Lusa o presidente da comissão.

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As primeiras audições da Comissão Parlamentar de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD) à Ernst&Young, que elaborou a auditoria sobre a gestão do banco público entre 2000 e 2015, ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, e ao seu antecessor, Vítor Constâncio, foram adiadas, disse à Lusa o presidente da comissão.

A decisão do adiamento deve-se ao volume de informação da CGD, recebido esta sexta-feira pela Comissão Parlamentar, de acordo com o deputado Luís Leite Ramos (PSD), que preside à comissão.

Face a “volumes muito grandes” de “30 pastas” de documentos e à necessidade do estudo e de “tempo para processar a informação”, os deputados acordaram o adiamento do arranque das audições, que estava previsto acontecer já na próxima semana.

Segundo o deputado do PSD, haverá uma tentativa para que a Comissão arranque na semana seguinte, com “pelo menos duas audições”.

A primeira audição estava marcada para a próxima terça-feira, dia 12 de Março, à EY, seguindo-se a audição ao governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, no dia 13, e ao seu antecessor, Vítor Constâncio, no dia 14.

Esta tinha sido uma das indicações dadas pelos deputados na reunião da mesa e coordenadores que aconteceu esta quinta-feira. Os deputados preferiam não começar as audições sem terem primeiro documentação que consideram relevante, sobretudo actas em que foram debatidos alguns dos créditos problemáticos.

Esta semana já tinha chegado ao Parlamento a auditoria da EY sem rasuras sobre os actos de gestão do banco público entre o ano 2000 e 2015.