A arte do mariscador: a mochila dos perceves encheu-se de plástico

“Foi um ano muito mau de lixo e por alguma razão decidi agarrar nos meus filhos, ir à praia e começar a recolher materiais para fazermos presentes de Natal”, conta Ricardo Ramos, artista e ex-mariscador. Depois disso, ficou viciado no plástico em si e decidiu apanhar pedaços do material e transformá-los em arte. Tirá-los das praias para os pendurar nas paredes. 

Ricardo é lisboeta, mas sempre teve uma grande relação com Sintra, para onde se mudou quando teve o segundo de três filhos. Usa as peças tal e qual como as encontra, porque diz que quando se parte um plástico duplica-se o problema. Para além de ser um desafio construir as suas obras assim, não modificar as peças dá-lhe muito gozo e acaba por ser a sua imagem de marca.