Prémio literário para a diáspora

Cinco mil euros anuais premeiam obra de ficção, poesia ou ensaio escrita por portugueses residentes no estrangeiro ou lusodescendentes.

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José Luís Carneiro lançou o prémio em nome do Ministério dos Negócios Estrangeiros liderado por Santos Silva ANTÓNIO COTRIM

O prémio literário Ferreira de Castro para ser atribuído a obras da autoria de portugueses residentes no estrangeiro ou de lusodescendentes foi criado esta quarta-feira através de um protocolo assinado entre o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, e o presidente do conselho de administração da Casa da Moeda, Gonçalo Caseiro.

Destinado a promover e divulgar a língua portuguesa, o Prémio Imprensa Nacional/Ferreira de Castro visa seleccionar trabalhos inéditos de grande qualidade nos domínios da ficção, poesia e ensaio”. Com periodicidade anual, o prémio orça em cinco mil euros a entregar ao inédito vencedor. O protocolo e o regulamento do prémio Ferreira de Castro asseguram também que a obra vencedora terá edição garantida pela Casa da Moeda num máximo de dois mil exemplares.

Os professores universitários Carlos Reis e Fátima Marinho e a editora chefe da Imprensa Nacional/Casa da Moeda, Paula Mendes são os membros do júri que vai seleccionar e atribuir este prémio que homenageia o escritor José Maria Ferreira de Castro (1898-1974), ele mesmo um emigrante desde os doze anos no Brasil, na região de Manaus, cuja vivência reflectiu numa das suas principais obras, A Selva, que o tornou mundialmente conhecido e traduzido e esteve na origem da sua nomeação como candidato ao Prémio Nobel da Literatura.

As obras devem ser entregues a concurso assinadas pelos autores sob pseudónimo. O período anual de envio dos originais decorre entre 1 de Abril e 30 de Maio. Toda a organização do concurso está a cargo da Imprensa Nacional/Casa da Moeda. Excluídos de concorrem a este prémio estão “as pessoas com vínculo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros e à Imprensa Nacional/Casa da Moeda.

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