Penáltis voltam a garantir ao Sporting a final da Taça da Liga

Tal como na época passada, os “leões” venceram a meia-final no desempate por grandes penalidades, e vão defender o título no domingo, contra o FC Porto.

Foto
LUSA/JOSÉ COELHO

Um ano depois, o filme repetiu-se: tal como na temporada passada, o Sporting garantiu o apuramento para a final da Taça da Liga, no Municipal de Braga, após mostrar mais eficácia no desempate por grandes penalidades. Num jogo quase sempre mal jogado, o Sp. Braga colocou-se cedo em vantagem — Dyego Souza marcou logo no terceiro minuto —, mas Coates restabeleceu a igualdade ainda na primeira parte e, após 90 minutos desinteressantes, Renan Ribeiro mostrou-se decisivo: o guarda-redes sportinguista defendeu três penáltis e garantiu um lugar ao Sporting na final de domingo, na qual os “leões” terão como rival o FC Porto.

Um dia depois de o clássico entre Benfica e FC Porto ter sido tão bem jogado quanto polémico, a segunda meia-final da Taça da Liga teve bem menos adeptos, como Abel Ferreira tinha previsto, e futebol de menor qualidade, mas voltou a ter o videoárbitro como protagonista: um golo anulado ao Sp. Braga, aos 32 segundos da segunda parte, e um lance entre Claudemir e Coates na área minhota, no minuto 87, prometem alimentar nos próximos dias a polémica em torno da 12.ª edição da prova organizada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional.

Decisões controversas à parte, o reencontro entre Sp. Braga e Sporting, no Minho, quatro meses depois de José Peseiro ter sofrido no Municipal bracarense a primeira derrota oficial no regresso ao comando técnico dos “leões”, prometeu muito nos minutos iniciais, mas acabou por ser um duelo mais maçador do que entusiasmante.

Após falhar na época passada a qualificação para as meias-finais, que também tiveram Braga como palco, Abel Ferreira arriscou no fim-de-semana na Madeira para o campeonato — poupou meia-dúzia de habituais titulares contra o Nacional — e, dois minutos e 23 segundos depois de Manuel Oliveira apitar para o início da partida, o treinador bracarense teve um arranque perfeito: João Novais mostrou toda a sua qualidade no passe e assistiu Dyego Sousa, que entre Mathieu e Acuña fez, de cabeça, o primeiro golo do jogo.

Pouco depois, a defesa sportinguista voltou a mostrar-se pouco competente, mas Wilson Eduardo, que teve uma noite de pouco acerto, falhou a emenda no cara-a-cara com Renan Ribeiro.

Com Bas Dost no banco — Marcel Keizer surpreendeu ao oferecer pela primeira vez a titularidade ao reforço Luiz Phellype —, o Sporting mostrava muitas dificuldades no duelo a meio-campo, onde Claudemir, Ryller e Novais ganhavam quase sempre os duelos com Gudelj, Wendel e Bruno Fernandes, e o primeiro remate dos “leões” à baliza de Marafona surgiu aos 19’: Raphinha obrigou o internacional português a defesa apertada.

Lançado por Nani, em cima da meia-hora, o extremo ex-V. Guimarães voltou a criar perigo (a tentativa de chapéu de Raphinha ficou curta), mas o Sporting acabou por conseguir chegar ao empate de bola parada. Aos 37’, Acuña bateu um canto e Coates marcou um bom golo de cabeça. Com os “leões” com ligeiro ascendente, Acuña teve nos pés a última oportunidade da primeira parte, mas o internacional argentino não soube aproveitar uma excelente assistência de Nani.

A segunda parte começou com polémica. Depois de o videoárbitro ter sido um dos protagonistas do Benfica-FC Porto, João Novais, de cabeça, colocou a bola no fundo da baliza de Renan Ribeiro, mas após comunicar com Luís Godinho, o árbitro da partida, Manuel Oliveira, foi visionar as imagens e acabou por não validar o golo, considerando que Dyego Sousa carregou Acuña.

A partir daí, o jogo tornou-se ainda mais desinteressante. Abel Ferreira ainda trocou Wilson Eduardo por Paulinho e Marcel Keizer colocou em campo Bas Dost, mas apenas aos 75’ voltou a haver alguma emoção: Raúl Silva, após canto de Novais, acertou na barra da baliza sportinguista.

O jogo, no entanto, continuava a ser disputado a um nível baixo e ninguém parecia disposto a correr grandes riscos, mas, a quatro minutos dos 90’, Manuel Oliveira voltou a consultar a rever um lance no ecrã, após Claudemir agarrar na área Coates: feita a ponderação, optou por nada assinalar.

Pouco depois, chegou o apito final e, tal como na época passada, o Sporting voltou a ser mais feliz (e eficaz) no desempate por grandes penalidades. Há um ano, dois penáltis defendidos por Rui Patrício foram decisivos para os “leões” afastarem o FC Porto e garantirem um lugar no jogo decisivo, no qual derrotaram o V. Setúbal. Desta vez, o herói “leonino” foi Renan Ribeiro: o brasileiro defendeu os remates de Horta, Murilo e Ryller, garantindo que no próximo sábado o Sporting terá a oportunidade de defender o título, frente ao FC Porto.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários