Cidades europeias, incluindo Lisboa, recebem protestos contra óleo de palma

Ambientalista denunciam os malefícios das plantações que estão a pôr em risco a sobrevivência de espécies como o orangotango

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As plantações para o óleo de palma ocupam cada vez mais território Daniel Rocha

Manifestantes ambientalistas vão concentrar-se esta segunda-feira junto das representações da Comissão Europeia em várias capitais europeias, incluindo Lisboa, para protestar contra o óleo de palma nos biocombustíveis, denunciando os efeitos de desflorestação e impactos em animais como o orangotango.

A destruição das florestas leva ao fim do habitat natural dos orangotangos mas também de outros animais, especialmente na Malásia e Indonésia, dois grandes produtores de óleo de palma.

O uso de óleo de palma nos veículos automóveis, dizem organizações ambientalistas, está a desflorestar e a drenar turfeiras no sudeste da Ásia, para a plantação do óleo, e na América do Sul as plantações de óleo de palma também estão a levar a fortes pressões sobre a floresta amazónica.

Segundo a associação ambientalista portuguesa ZERO, que apoia a iniciativa desta segunda-feira, o biodiesel a partir do óleo de palma é "três vezes pior para o clima do que o gasóleo fóssil", sendo que em 2018 mais de metade do óleo de palma usado na Europa acabou nos depósitos dos veículos.

Ainda segundo a organização, em Portugal foram usados 31 milhões de litros entre Janeiro e Setembro do ano passado, quatro vezes mais do que em todo o ano de 2017.

Esta segunda-feira, em Lisboa mas também em Roma, Bruxelas, Berlim, Paris ou Madrid, manifestantes, alguns disfarçados de orangotango, vão dizer "no meu depósito não", apoiados por dezenas de organizações não-governamentais.

No "dia europeu de acção contra o biodiesel de óleo de palma" o protesto "inclui" mais de 520 mil pessoas que subscreveram uma petição europeia contra o óleo de palma e que querem que a Comissão retire o apoio ao uso do óleo para a produção de biodiesel.

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