Trump está a trabalhar para que Gülen seja extraditado, diz ministro turco

O Presidente norte-americano terá dado garantias numa conversa com o líder turco, Recep Tayyip Erdogan, que há anos deseja ver o imã julgado na Turquia.

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Fethullah Gulen vive nos EUA desde 1999 Reuters/Charles Mostoller

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a tomar medidas para que o imã Fethullah Gülen seja extraditado para a Turquia, revelou este domingo o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu.

O ministro contou uma conversa que Trump terá tido com o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, durante a cimeira do G20, em Buenos Aires, há duas semanas. Gulen é acusado pelas autoridades turcas de ter planeado o golpe de Estado fracassado de Julho de 2016, que tinha como objectivo derrubar Erdogan.

"Na Argentina, Trump disse a Erdogan que estava a trabalhar para extraditar Gülen e outras pessoas", afirmou Cavusoglu.

Há quase 20 anos que Gülen vive nos EUA, num exílio auto-imposto depois de ter entrado em rota de colisão com Erdogan, de quem chegou a ser um importante aliado. O imã criou uma influente rede de escolas na Turquia e no estrangeiro que, nos últimos anos, o regime turco passou a encarar com desconfiança.

Há vários anos que o Governo de Ancara tenta, sem sucesso, garantir a extradição de Gülen. A Casa Branca não comentou as declarações do chefe da diplomacia turca. Da última vez que se referiu ao assunto, Trump rejeitou que a extradição do religioso pudesse funcionar como forma de aliviar a pressão turca sobre o caso do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, diz a Reuters.

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