Família de Lance Armstrong foi "salva" graças à Uber

O antigo ciclista profissional norte-americano perdeu todo o legado na modalidade por se confirmar que consumiu doping em vários momentos de alta competição.

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Reuters/George Burns

Lance Armstrong admitiu esta quinta-feira em entrevista ao canal norte-americano CNBC que a sua família foi salva devido a um investimento que fez nos primeiros tempos da Uber. Depois de ter estado envolvido na polémica que o afastou do ciclismo por consumir doping, o ex-atleta foi duramente penalizado pelos tribunais e perdeu todos os patrocínios, que eram milionários.

Em 2009, a empresa de transporte privado Uber estava avaliada em 3,7 milhões de dólares (3,25 milhões de euros) e Armstrong investiu 100 mil dólares (cerca de 88 mil euros). Actualmente está avaliada em 120 mil milhões de dólares (105 mil milhões de euros).

Nessa altura, o antigo ciclista profissional investiu na Lowercase Capital, uma empresa norte-americana de capital de risco do amigo e empresário Chris Sacca. O valor foi utilizado para a estruturação da Uber. “Eu nem sabia que ele [Chris Sacca] estava já a 'montar' a Uber. Pensava que ele estava a comprar um monte de acções de funcionários ou ex-funcionários do Twitter, e o maior investimento da Lowercase era, afinal, a Uber”, disse Armstrong à CNBC, escusando-se a revelar quanto é que ganhou com o investimento. “Foi bom de mais”, referiu.

Lance Armstrong admitiu em 2013 à apresentadora norte-americana Oprah Winfrey que consumia doping para obter melhores provas em alta competição, depois de ter negado todas as acusações durante vários anos. O anúncio chocou o mundo do desporto e o ciclista foi forçado a retirar-se.

Em Abril, foi perdoada a Armstrong uma multa de 100 milhões de dólares ao governo federal norte-americano, ficando apenas obrigado a pagar, após acordo, 5 milhões que se vão juntar aos 20 milhões já cobrados por “danos e liquidações numa série de processos judiciais”, diz o jornal britânico The Guardian.

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