Onde está o presépio?

Assistimos a uma tentativa de tornar o Natal numa data consumista, desprovida de nenhuma mensagem que não seja a de comprar e comprar.

O Natal é o nascimento de Jesus Cristo! É este facto, esta realidade que é o Natal, a celebração a 25 de Dezembro do nascimento do filho de Maria, há 2018 anos. 

Acontece que o presépio, um conjunto de figuras que representam o menino Jesus nas palhinhas, rodeado de sua Mãe Maria, São José, os Reis Magos e o burro e a vaca que os aquecem, foi arredado do espaço público e hoje não se vê um presépio em lado algum. 

Esta censura, esta erradicação do presépio do espaço público substituída pela árvore de Natal, pelo Pai Natal e pelo presente embrulhado, é um criminoso acto de revisionismo histórico. 

Um revisionismo que pretende apagar a verdade sobre o que é o Natal, sobre o que são as nossas origens cristãs bem como as da Europa. 

Assistimos a uma tentativa de tornar o Natal numa data consumista, desprovida de nenhuma mensagem que não seja a de comprar e comprar. 

Uma tentativa de modificação da nossa cultura e da nossa identidade, abrindo espaço e caminho a outras realidades culturais que não as nossas, o que levará a prazo a graves conflitos que se observam já em vários países europeus. 

Ora, o Natal é um apelo a valores civilizacionais do Bem, do perdão e da reconciliação, de ajudar e cuidar do próximo, da Família como núcleo fundamental e solidário da sociedade. 

E nem a desculpa da laicidade do Estado justifica actos censórios e totalitários desta natureza, porque o Estado não pode alterar a identidade e a cultura de um povo, a realidade é o que é! 

Comportamentos deste tipo são alimentados pelas esquerdas radicais em aliança com a ala ainda mais radical do PS que parece ter tomado o poder num partido que outrora se dizia defensor dos valores democráticos. 

Estes ataques à liberdade do gosto, com tentativas cada vez mais desesperadas de proibir as touradas, a caça, a pesca, de proibir os pobres e sem abrigo de terem animais de estimação, ou de tentarem regular e condicionar a liberdade de opinião de cada cidadão, são só algumas formas visíveis desta ditadura do politicamente correcto. 

Uma ditadura do pensamento e da liberdade de expressão e da educação que se vê, hoje, nas escolas, com a implementação forçada da ideologia do género a crianças, violando-as nos seus direitos fundamentais, ao expo-las a conteúdos sexuais, eróticos e pornográficos a que nenhuma criança de cinco, seis ou sete anos está preparada para lidar e compreender. 

A Escola ensina e a Família Educa! 

Só assim podemos entender que tudo isto não acontece por acaso, é uma agenda política e ideológica pré-estabelecida e que vai paulatinamente sendo imposta, passo a passo, na nossa sociedade, tentando anular qualquer tentativa de a recusar. 

Cabe-nos a todos nós, cidadãos de uma Pátria secular, fazer de novo um Portugal vivo, com orgulho nas suas tradições e na sua cultura, onde o Natal é o do presépio e o do menino Jesus, mas também dos valores e dos princípios que nos forjaram e nos mantiveram unidos e organizados como Estado-nação mais antigo da Europa, há quase nove séculos. 

Travar e derrotar esta forma de ditadura do pensamento e do gosto é o grande combate cultural do século XXI. 

Um bom e Santo Natal a todos!

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