Fernando Santos: "Itália é um dos pilares do futebol mundial"

Seleccionador de Portugal prevê melhorias no adversário e aponta aos três pontos, embora precise apenas de um para se apurar.

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LUSA/MANUEL DE ALMEIDA

Portugal está perto, muito perto de marcar presença no play-off da Liga das Nações. Há um ponto a separar a equipa das meias-finais da primeira edição da competição e ainda dois jogos para o conseguir. O primeiro está agendado para sábado, em Itália (19h45), e é o único que centra as atenções do campeão europeu, garante Fernando Santos: "Só trabalhámos este jogo, não observámos mais nenhum".

Há razões fundadas para optimismo, que decorrem do trajecto da selecção na competição e do historial recente diante da "squadra azzurra". E se é certo que o passado não ajuda a ganhar jogos, não será arriscado concluir que os últimos triunfos sobre Itália (em 2015 e há cerca de dois meses) e a liderança do Grupo 3 da Liga A contribuirão para manter em alta os níveis de confiança dos jogadores.

"Vamos jogar contra um adversário poderoso e iremos procurar alcançar a vitória. Não estamos aqui para 'matar o borrego', a maior parte destes jogadores nem era nascido nessa altura. Se vocês não falassem disso nos jornais eles, provavelmente, nem sabiam", respondeu Fernando Santos, quando questionado sobre a oportunidade para ganhar, pela primeira vez na história, em solo italiano. Até à data, foram 12 jogos em Itália e um pesado castigo de 11 derrotas e um empate.

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Para o seleccionador português, o que conta, de facto, é o momento que o adversário atravessa. Um momento que nada tem a ver com aquele que marcou o embate da "primeira volta", no Estádio da Luz, em Lisboa. "O que importa é a qualidade individual e colectiva da Itália, saber o que temos de fazer e a nossa organização táctica e estratégica. Isso é que decide os jogos. Vai ser um grande espectáculo, com duas equipas fortíssimas. Uma selecção italiana que, de há dois meses para cá, tem tido uma evolução constante, até alterando a sua forma de jogar. Penso que, dos que jogaram em Lisboa, só três estarão presentes", arrisca o técnico. 

Donnarumma, Jorginho e Chiesa são os nomes em que o staff português aposta para o "onze" transalpino. Do lado contrário, não se abriu o jogo relativamente à utilização de Raphael Guerreiro, cuja lesão motivou a chamada de última hora de Kevin Rodrigues. "Hoje, em princípio, irá treinar. É uma questão de precaução. Nos outros dias, teve algum desconforto. Entendemos que era melhor tomar essa precaução, se não ficaríamos sem mais nenhum lateral-esquerdo", sublinhou Santos.

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Falta um ponto, reforce-se, para a qualificação. E mesmo que não seja alcançado em Milão, onde o Portugal-Itália terá direito a casa cheia (já foram vendidos 68.500 bilhetes), há uma derradeira oportunidade de o conseguir em Guimarães, no dia 20, diante da Polónia. Para já, porém, Fernando Santos está apenas concentrado no primeiro round. "Não pensámos sequer nisso. Estivemos focados no jogo com Itália. Preparámos bem, concentrados no nosso trabalho, mas com enorme respeito por todos os adversários. Itália é um dos pilares mundiais do futebol. É um confronto de alto nível, mas acredito que a minha equipa tem todas as condições para responder bem e vencer".

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