A uruguaia Ida Vitale é a vencedora do Prémio Cervantes 2018

Um dos mais importantes prémios de literatura em castelhano foi este ano para a poetisa de 95 anos.

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José Guirao, o ministro da cultura de Espanha, durante o anúncio do prémio LUSA/Chema Moya

Ida Vitale, que nasceu em Montevideu em 1923, é a vencedora deste ano do Prémio Miguel de Cervantes, um dos mais importantes prémios de literatura em castelhano que é dado anualmente pelo Ministério da Cultura espanhol. Segundo a France Press, José Guirao, o ministro da cultura de Espanha, ao anunciar o prémio citou a acta do júri dizendo que o prémio reconhece "uma trajectória poética, intelectual, crítica e tradutora de primeira ordem".

Desde 1996 que os vencedores do prémio, que foi estabelecido em 1976, têm alternado entre um vencedor espanhol e um vencedor sul-americano. Mas agora, dois sul-americanos venceram o prémio em dois anos seguidos, pois no ano passado, o galardoado foi o nicaraguense Sergio Ramírez. 

A poetisa Ida Vitale, que é também tradutora, ensaísta e crítica literária, pertenceu à chamada "Geração de 45", um movimento literário uruguaio que incluía nomes como Amanda Berenguer, Ángel Rama, com quem foi casada, ou Mario Benedetti, e do qual Vitale é a única sobrevivente. Vive em Austin, no Texas, desde o final dos anos 1980. 

Já tinha vencido prémios como o Prémio de Poesia García Lorca, em 2016, ou o Prémio Rainha Sofia, no ano anterior. Este mês, marcará presença na Feira Internacional do Livro de Guadalajara, na qual Portugal será o país convidado, para receber o Prémio FIL de Literatura 2018 em Línguas Românicas.

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