Começam as obras para o novo centro de saúde de Campanhã

Antiga Escola Preparatória do Cerco acolherá a Unidade de Saúde Familiar Novo Sentido e a Unidade de Cuidados na Comunidade de Campanhã

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Paulo Pimenta

Oito anos depois de ter sido desactivada a antiga Escola Preparatória do Cerco do Porto, arrancam as obras que hão-de transformar dois blocos no novo centro de saúde de Campanhã. Os trabalhos avançam ainda no decurso deste mês de Novembro.

São duas as unidades funcionais a instalar naquele espaço intervencionado: a Unidade de Saúde Familiar Novo Sentido e a Unidade de Cuidados na Comunidade de Campanhã. Uma e outra a funcionar agora “em edifício arrendado sem as condições adequadas para a prestação de cuidados de saúde primários”, reconhece, em memorando enviado ao PÚBLICO, a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N).

Recorde-se que a Escola Preparatória do Cerco foi desactivada em 2010 na sequência das obras de recuperação da Escola Secundária do Cerco, que se converteu em Básica e Secundária. A Direcção Regional de Educação do Norte e a ARSN acordaram então que ali funcionaria o novo centro de saúde. Ainda sobraria espaço e esse seria usado para fazer um novo centro escolar.

Se tudo corresse como o previsto, as obras arrancariam no ano seguinte. Só que o momento era de crise financeira, económica, social e política. Com a chegada da troika e a mudança de Governo do PS para a coligação PSD/PP, o projecto ficou a marinar. Com a saída de Portugal do programa de ajuda externa e a nova mudança de governo, agora para o PS com apoio parlamentar do BE e do PCP, o projecto saiu da gaveta.

Em Setembro de 2016, um protocolo foi assinado entre a Câmara do Porto e a ARS Norte. O município comprometeu-se a construir a Unidade de Saúde Familiar de Ramalde, cujas obras ficaram concluídas no final de Setembro deste ano. E a ARS-Norte comprometeu-se a reabilitar a Unidade de Saúde da Batalha e a construir a nova Unidade de Saúde de Campanhã.

O arranque das obras chegou a ser apontado para 2017, mas o processo arrastou-se. A autorização prévia da despesa só foi assinada pela Secretário de Estado da Saúde em Março do ano passado. O investimento foi então inscrito no Orçamento de Investimento da ARS-Norte.

A candidatura foi aprovada pela Comissão Directiva do NORTE 2020 no dia 10 de Março de 2017, apenas oito dias depois do aval do secretário de Estado. O investimento total é de 1.549.574,82 euros, com uma comparticipação FEDER de 1.317.138,60 euros, o que correspondente a 85% do valor global.  

A área bruta a ocupar é de 1.670 m2. Ali funcionará um módulo de saúde familiar, com nove gabinetes médicos, três gabinetes de enfermagem, duas salas de tratamento, dois gabinetes de vacinas e injectáveis, quatro gabinetes da saúde materna-infantil e demais áreas de apoio. E um módulo de cuidados na comunidade, com três gabinetes médicos, um polivalente e um de enfermagem).

O vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, foi informado pelo presidente da ARS-N, Pimenta Marinho, que as obras começariam ainda este ano, informou o gabinete municipal. Ainda no decurso deste mês, precisou ao PÚBLICO o coordenador do serviço de relações públicas da ARS-N.

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