Papa exprime “dor” por atentado que matou sete cristãos coptas no Egipto

O atentado de sexta-feira ocorreu no mesmo sítio em que o Daesh atacou um autocarro em Maio do ano passado e causou a morte a 28 pessoas. Governo português condena atentado.

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Pelo menos sete pessoas morreram, e 19 ficaram feridas Reuters/MOHAMED ABD EL GHANY

O Papa Francisco exprimiu este domingo a sua “dor” pelo atentado de um grupo jihadista na passada sexta-feira a um autocarro que transportava cristãos ortodoxos coptas, no Egipto, no qual morreram sete pessoas. No atentado, reivindicado pelo Daesh, além dos sete mortos, outros 19 cristãos coptas ficaram feridos.

“Rezo pelas vítimas, peregrinos mortos apenas por serem cristãos”, afirmou o Papa, na habitual intervenção da janela do palácio na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, em Roma. O líder da Igreja Católica, que visitou a nação egípcia em Abril de 2017, sublinhou “a dor após o atentado que atingiu há dois dias a Igreja Ortodoxa Copta no Egipto”.

Neste domingo, também o governo português comunicou que "condena veementemente o ataque terrorista reivindicado pelo Daesh". Em nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros, o governo expressa "profunda solidariedade com a República Árabe do Egipto e com o povo egípcio", reiterando o "empenho na erradicação do terrorismo sob todas as suas formas".

O Ministério do Interior egípcio disse neste domingo que as forças de segurança do Egipto mataram 19 presumíveis terroristas envolvidos no ataque ao veículo de transporte de cristãos coptas na província de Minia, no Centro do Egipto, que se deslocavam em peregrinação ao Mosteiro de São Samuel.

O atentado ocorreu no mesmo sítio em que o Daesh atacou um autocarro em Maio do ano passado e causou a morte a 28 pessoas. Na altura, o Egipto reagiu a esse ataque, reivindicado pelo Daesh, com ataques aéreos a campos jihadistas na vizinha Líbia.

Um ramo egípcio do Daesh tem estado activo no Norte da península do Sinai, onde realiza regularmente ataques às forças de segurança, desde que o Exército destituiu o Presidente islamita Mohamed Morsi, em 2013. O Daesh também realizou ataques contra cristãos, obrigando dezenas de famílias a fugir dessa região no início de 2017.

Em Fevereiro deste ano, o Exército egípcio lançou uma grande ofensiva contra os jihadistas no Sinai, baptizada como Sinai 2018, cujo balanço foi de mais de 450 jihadistas mortos.

Os coptas são a maior e a mais antiga comunidade cristã do Médio Oriente, estimada em 10% dos cerca de 100 milhões de egípcios.

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