Jet lag? Estas apps prometem ajudar

Sono trocado, cansaço excessivo, baixo rendimento. Para turistas, profissionais e até atletas obrigados a grandes viagens, este é o inimigo número um.

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REUTERS/David Gray

Uma das coisas que podem estragar uma viagem é o jet lag. Se nunca encontrou um comprimido que elimina esta perturbação do ritmo biológico, causada por longas viagens de avião por diferentes fusos horários, é porque ele não existe. Mas há diversas soluções que permitem minimizar os efeitos. E no cada vez mais diverso mundo das aplicações móveis, há quem prometa ter a ajuda ideal.

A Timeshifter é uma das apps mais recentes, e a empresa que a produziu é uma das startups que vão estar em Lisboa para a Web Summit 2018, de 5 a 8 de Novembro. 

Disponível para iOS e Android, a aplicação disponibiliza planos de preparação que levam em conta os dados da viagem (datas e pontos de partida e destino, duração do voo e da viagem, número de escalas), dados do utilizador (idade, género) e a natureza da deslocação (turismo ou profissional). A instalação da app é gratuita, bem como o plano para a primeira viagem. Mas, a partir da primeira utilização, cada plano de combate ao jet lag custa 9,99 dólares.

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Se é verdade que todo o humano está sujeito às consequências do jet lag, o impacto varia de pessoa para pessoa. Além do mais, é diferente ter de lidar com perturbações do sono quando se viaja em turismo ou quando se tem reuniões de trabalho de manhã cedo no ponto de destino.

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Para tal, esta app tem em conta todas essas variáveis e propõe um plano de minimização, assente em diferentes recomendações. Fizemos um teste, com um plano de viagem Porto-Amesterdão-Singapura-Melbourne, a começar às 12h de 30 de Janeiro de 2019 e chegada ao destino às 16h45 de 1 de Fevereiro. 

Para tal, a app apresenta um plano que começa três dias antes da partida e termina quatro dias após a chegada. Começa por recomendar quando se deve consumir cafeína e quando não, no pressuposto de que se consome pouca quantidade (uma taça de chá ou de café) mas muitas vezes.

Depois sugere períodos de exposição a luz brilhante (abrir uma janela durante o dia; acender as lâmpadas em casa, televisão ou tablet), luz moderada ou escuridão. E, obviamente, assinala quando são horas de ir dormir e quanto tempo deve durar o sono.

Tudo isto é apresentado de forma gráfica, com opção de activar alertas. Há outra variável que pode ser introduzida, o recurso ao consumo de melatonina, uma hormona que ocorre naturalmente no corpo humano e que induz o sono. O plano ajusta-se, usando ou não melatonina.

Há outras opções para além da Timeshifter. A Uplift (para iOS e Android), por 9,99 dólares, propõe uma solução que se baseia nos pontos de acupressão e não nos ritmos circadianos usados pela maioria dos concorrentes; mostra vídeos e planos para tratamentos que, segundo a Uplift, trata o jet lag em cinco minutos. A Headspace, por seu lado, é uma app de meditação, descarregada mais de 11 milhões de vezes. Não promete “curar” o jet lag, mas tem planos para tratar do sono e do medo de voar (disponível para iOS e Android).

Além destas, há ainda a f.lux, (MacOS, Windows, iOS, Android e Linux), gratuita, que ajusta a nossa exposição à cor azulada emitida por equipamentos como o monitor do portátil, ajustando a temperatura da cor de modo a que a radiação corresponda à luz natural de cada momento.

Mais semelhante à Timeshifter, a Jet Lag Rooster (só disponível na web), bem como a Entrain (só iOS), recorre aos ritmos circadianos para sugerir ajustamentos nos horários do dia-a-dia de forma a minimizar o jet lag.

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