Polícias militarizadas de vários países fazem exercício em Almada

Aconteceu nas antigas instalações da Lisnave. Na acção de treino, que envolveu 152 polícias, dos quais 47 portugueses, foi criado um país fictício, o Alisia, com cinco milhões de habitantes, que enfrenta uma onda de violência.

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Exercício em Almada RUI MINDERICO/LUSA
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As situações são fictícias: um atentado terrorista, a desactivação de uma bomba numa viatura, uma operação de salvamento de refugiados... Polícias militarizadas de vários países terminaram nesta sexta-feira em Almada, no distrito de Setúbal, o exercício EGEX18, organizado pela GNR no âmbito da presidência portuguesa do Comité Interministerial de Alto Nível da Eurogendfor, a Força de Gendarmeria (polícia militarizada) Europeia.

O exercício decorreu desde segunda-feira, nas antigas instalações da Lisnave, em Almada. Objectivo: aumentar a capacidade de gestão internacional de crises e de contribuir para o desenvolvimento de uma política comum de segurança na União Europeia.

Na acção de treino, que envolveu 152 polícias, dos quais 47 portugueses, foi criado um país fictício, o Alisia, com cinco milhões de habitantes, que enfrenta uma onda de violência e degradação das condições de vida pelo confronto entre os grupos éticos, "Silas" e "Havas".

As forças policiais tiveram que reagir contra vários actos terroristas, como um atentado a uma alta entidade, manifestações violentas, desactivação de uma bomba numa viatura e também participar no resgate de refugiados.

Esta demonstração assinalou o último dia do exercício, numa cerimónia designada como Distinguished Visitors Day, onde estiveram elementos policiais de oito países: França, Itália, Países Baixos, Polónia, Roménia, Espanha, Lituânia e Turquia.

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, esteve presente na cerimónia e, em declarações aos jornalistas, sublinhou a importância da Guarda Nacional Republicana.

"Portugal tem a honra e a responsabilidade este ano, através da GNR, de comandar esta estrutura, que tem elevado nível de prontidão, de qualificação para cenários de afirmação dos direitos fundamentais, de manutenção da ordem pública, de prevenção e combate a atos terroristas e tem-no demonstrado", disse o ministro.

Esta semana Eduardo Cabrita visitou os militares da GNR em serviço na Grécia, e hoje aproveitou para destacar o seu "papel decisivo na garantia das fronteiras externas da União Europeia".

"Esta semana sucedeu o salvamento de vidas de migrantes, de refugiados e aí notei também não só a capacidade profissional, como reconhecimento internacional da ação da GNR, que a todos nos deve orgulhar", frisou.

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