Em Taiwan, cem mil pessoas manifestaram-se a favor da independência

Foi a maior mobilização pela declaração oficial de independência desde que Taiwan se tornou uma democracia, há mais de 20 anos.

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Manifestação em Taipé RITCHIE B. TONGO/EPA
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Manifestação em Taipé Judy Peng/Reuters
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Manifestação em Taipé RITCHIE B. TONGO/EPA

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se neste sábado em Taiwan para exigir um referendo sobre a independência.

Segundo os organizadores, as manifestações reuniram cerca de cem mil pessoas, embora as autoridades ainda não tenham divulgado as suas estimativas.

Houve duas manifestações simultâneas, uma em Taipé, a capital, organizada por independentistas e outra organizada pelo Partido Democrático Progressista no poder, em Koahsiung, no Sul do país.

Milhares de manifestantes reuniram-se junto à sede do Partido Democrático Progressista, agitando bandeiras e cartazes, pedindo um "referendo de independência" e cantando frases como "Queremos um referendo" e "Não à anexação".

Segundo a imprensa local, esta é a primeira mobilização desta dimensão a pedir um referendo sobre uma declaração oficial de independência desde que Taiwan se tornou uma democracia, há mais de 20 anos.

A China considera Taiwan como parte do seu território, enquanto Taiwan se considera como um Estado soberano, embora nunca tenha declarado a independência. As relações entre os dois lados do Estreito de Taiwan vivem debaixo de um compromisso a que chamam statu quo, que determina que o Governo de Pequim não age para tomar o território que diz ser seu ao abrigo da premissa "só há uma China", e Taipé não avança para uma declaração de independência.

Contudo, nos últimos anos a pressão da China aumentou através de medias económicas - e da diplomacia económica - o que levou alguns paíse a acortarem relações diplomáticas com Taiwan (que está cada vez mais isolado internacionalmente) e a abri-las com a China.  

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