Portugal tenta ficar a um pequeno passo da qualificação

A selecção portuguesa defronta a sua congénere polaca para a Liga das Nações. Um triunfo deixa as portas abertas para a final a quatro da competição

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Treino da selecção na Polónia LUSA/Andrzej Grygiel

Até agora, Portugal não se tem sentido órfão de Cristiano Ronaldo. O melhor marcador da história da selecção (85 golos) não voltou a jogar pela equipa nacional desde o final do Mundial 2018 e só voltará a vestir a camisola das quinas se a equipa orientada por Fernando Santos se apurar para a final a quatro da Liga das Nações. Algo que nesta quinta-feira, na Polónia, poderá ficar muito próximo de ser alcançado em caso de vitória sobre a selecção polaca.

A história, contudo, não deixa antever facilidades na partida em Chorsow. No total dos 11 confrontos já efectuados entre as duas selecções, a formação lusa tem uma ligeira vantagem com cinco triunfos (três empates e outras tantas derrotas). Mas as últimas três vezes em que ambos os conjuntos se defrontaram terminaram empatados (com o último, nos quartos-de-final do Euro 2016, a ter que ser desempatado nos penáltis).

Na verdade, a Polónia que Portugal vai defrontar encontra-se em transformação, o que não quer dizer que seja uma equipa muito diferente da que foi prematuramente eliminada da fase final do Mundial 2018, em que foi a última do seu grupo. Jerzy Brzeczek, que substituiu Adam Nawalka como seleccionador, demonstrou já ter bem claro na sua cabeça quais os jogadores em que quer apostar, ainda que, por enquanto, os resultados não tenham sido fantásticos, com os dois jogos disputados até ao momento a terminarem com um empate.

Uma análise àquelas que têm sido as escolhas de Brzeczek desde que assumiu o comando da selecção polaca revela que o técnico de 47 anos pretende combinar a experiência de jogadores com o carisma e a experiência de Fabianski, Blaszczykowski ou Lewandowski (que, se subir ao relvado contra Portugal atingirá a sua 100.ª internacionalização, tendo apontado até ao momento 55 golos), com a irreverência de jovens como Kurzawa, Zielinski ou a nova coqueluche Piatek, de apenas 23 anos e que joga no Génova, onde tem protagonizado um início de temporada demolidor, com 13 golos em oito jogos.

Piatek, contudo, deverá começar a partida com Portugal no banco de suplentes, muito provavelmente guardado como arma especial a ser utilizada se as coisas não estiverem a correr bem para os polacos.

Fernando Santos mostrou-se alerta para as dificuldades que a Polónia vai colocar a Portugal. “Vai ser [um jogo] tremendamente difícil” contra um adversário de “enorme qualidade”, começou por afirmar o seleccionador nacional na véspera de um embate que vai acontecer, precisamente, quatro anos depois da sua estreia à frente da selecção.

“A equipa da Polónia é de enorme qualidade, tem-no demonstrado. Mudou de treinador, os últimos dois jogos mostraram uma equipa muito forte, quer no jogo com a Itália, quer contra a República da Irlanda. Por isso, temos de estar ao melhor nível. Temos de estar a mais de 100% para conseguir esse objectivo [a vitória]”, referiu Fernando Santos, na conferência de imprensa de antevisão da partida.

Fernando Santos sublinhou a importância do jogo que, em caso de triunfo português (associado a um empate entre a Polónia e a Itália, no domingo), abre as portas à final a quatro da Liga das Nações, que será disputada em Junho de 2019. “Uma qualificação que só tem quatro jogos, cada jogo é muito mais importante do que uma qualificação normal que tem dez jogos. O jogo encerra essa dificuldade, para Portugal e para a Polónia”, analisou Santos.

Sem poder utilizar o habitual capitão da selecção, o técnico português não deverá fazer alterações ao “onze” que jogou com a Itália e venceu pela margem mínima a selecção transalpina, no Estádio da Luz, em encontro a contar também para a Liga das Nações. Um “onze” em que marcaram presença quatro jogadores que nem sequer foram ao Mundial 2018 (João Cancelo, Rúben Neves, Pizzi e Bruma) e outros dois que, tendo ido, não disputaram qualquer minuto na prova (Rúben Dias e Mário Rui).

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