Greve na CP deixou circular pouco mais do que os serviços mínimos

Das 252 ligações previstas entre a meia-noite e as 8h só se realizaram 100. Sindicato estima que 85% dos locais de venda de bilhetes estão encerrados esta segunda-feira.

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Estação da Campanhã, 14h
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Dos 252 trajectos programados até às 8h apenas se realizaram 100 (93 eram serviços mínimos.
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A greve dos trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP obrigou esta segunda-feira ao encerramento de 85% dos locais de venda de bilhetes e afectou a circulação ferroviária, cumprindo-se pouco mais do que os serviços mínimos decretados.

Segundo o sindicato, apenas os comboios dos serviços mínimos circularam. Mas a CP -- Comboios de Portugal, num ponto de situação entre a meia-noite e as 8h, indica que se cumpriram 100 ligações, 93 das quais pertenciam aos serviços mínimos.

No total, estavam programados 252 comboios, o que significa que apenas se realizaram cerca de 40% das ligações. Nos comboios de longo curso, que inclui Alfa Pendular, Intercidades e Internacional, estavam previstas 14 ligações, mas só se cumpriram cinco. Os comboios urbanos de Lisboa, onde se registou a maior taxa de supressões, concretizaram-se apenas 38 das 111 viagens marcadas. Na região do Grande Porto foram suprimidas 27 das 50 ligações previstas e nos comboios regionais realizaram-se 34 das 77 viagens programadas. 

Os trabalhadores das bilheteiras e revisores da CP estão esta segunda-feira em greve pela contratação de trabalhadores, mais comboios e pela negociação para o contrato colectivo.

A greve foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) que criticou o Ministério das Finanças por "bloquear os acordos entre o Ministério do Planeamento, a CP e o sindicato", dizendo que estão por contratar "88 trabalhadores para o [serviço] comercial da CP (revisores, trabalhadores para as bilheteiras)".

Numa nota emitida antes do início da greve pela CP, a empresa indicava que permitirá o reembolso do valor total aos clientes que já tenham bilhetes adquiridos para viajar em comboios dos serviços Alfa Pendular, Intercidades, Regional e Celta que não se realizem, ou a revalidação, sem custos, para outro dia ou comboio.

Segundo o sindicato, por falta de trabalhadores das bilheteiras, "a CP deixa de cobrar milhares de euros", enquanto por falta de revisores "existem comboios que transportam cerca de 900 utentes (mais de oito carruagens ou mais de uma unidade indivisível) que por questões de segurança deveriam circular com dois revisores e circulam só com um, colocando em risco a segurança dos utentes e da circulação".

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