Ex-colaborador da Câmara de Gaia prepara nova queixa-crime contra Eduardo Vítor

Bruno Santos foi expulso do PS na sequência de uma queixa que o autarca gaiense apresentou contra ele e que deu origem a um processo disciplinar no partido.

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Eduardo Vitor Rodrigues apresentou queixa no PS contra o seu colaborador Joana Goncalves

Há uma nova queixa-crime a ser preparada contra o dirigente nacional do PS e vice-presidente da distrital do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues. A queixa, que será entregue em breve no Ministério Público (MP), é a resposta de Bruno Santos, ex-adjunto da presidência da Câmara de Gaia, à sua expulsão do partido determinada pela Comissão Federativa de Jurisdição (CFJ) do PS-Porto.

A decisão de o expulsar resulta de um processo disciplinar que lhe foi instaurado internamente pelo partido. Segundo o PS-Porto, a proposta de expulsão é baseada em textos que o ex-colaborador publicou no blogue Aventar, “com a exclusiva responsabilidade de insultar e denegrir a imagem e o bom nome” do queixoso (Eduardo Vítor), e “do Partido Socialista”.

Numa nota enviada ao PÚBLICO, Bruno Santos admite que vai também processar aqueles que testemunharam no âmbito do processo disciplinar, a quem acusa de “mentir”, bem como os membros da CFJ, que, na sua opinião, pactuaram com essas mentiras, manipulando declarações, construindo uma acusação baseada em falsos testemunhos e sem qualquer prova a sustentar os factos imputados, tal, aliás, como afirma na sua declaração de voto, Cláudia Soutinho, que votou contra a expulsão.

“Eduardo Vítor Rodrigues vai ter a oportunidade de demonstrar num lugar mais independente aquilo de que me acusa neste processo disciplinar. Será brevemente entregue no Ministério Público nova queixa-crime contra este dirigente do PS, com base nas injúrias e na difamação em que reincide com conteúdo desta queixa”, escreve”.

O ex-colaborador acusa Tiago Braga, ex-chefe de gabinete de Eduardo Vítor Rodrigues e actual administrador da empresa Águas do Centro Litoral, de ter sido “simultaneamente juiz e testemunha de acusação, facto que torna cristalina a isenção deste curioso tribunal plenário do PS-Porto, que se recusou ouvir as testemunhas que indiquei”.

O PS refere que “não há nenhum membro da Comissão Federativa de Jurisdição que tenha sido testemunha no processo”. Contactado pelo PÚBLICO, Eduardo Vítor recusou fazer qualquer comentário.

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