A Assembleia da República aprovou nesta sexta-feira uma deliberação apresentada pelo CDS-PP para que o Governo proceda a uma reinstalação de uma esquadra da PSP na zona da freguesia das Avenidas Novas, em Lisboa, com um adequado efectivo.

Esta deliberação teve os votos favoráveis do PSD, CDS, Bloco de Esquerda, PCP, PEV e PAN, tendo merecido a abstenção da bancada socialista.

A ex-ministra da Administração Interna Constança Urbano de Sousa, bem como o deputado independente do PS Paulo Trigo Pereira, votaram contra a iniciativa do CDS-PP.

Na deliberação, o CDS reconhece a "importância de Portugal ser considerado, por avaliações internacionais, como o terceiro país mais seguro do mundo".

"É importante, não só para os portugueses e para a vida em comunidade, mas também para a economia nacional, porque só um país seguro atrai o turismo e o investimento, designadamente", refere-se no texto.

No entanto, o CDS-PP entende que "a segurança é devida, em primeiro lugar, aos concidadãos residentes na cidade de Lisboa, que ultimamente mais não fazem que desmultiplicar-se em petições".

Os democratas-cristãos salientam então que grupos de cidadãos residentes nesta zona da capital "pedem ora o não encerramento da 10.ª Esquadra (Arroios/Areeiro), ora a manutenção da 44.ª Esquadra (Alta de Lisboa), porque foram apanhados no rodopio de intenções e planos contraditórios que constitui a reorganização do dispositivo policial da PSP na cidade de Lisboa".