Vivam os 20 graus

Ter medo do frio e do calor é ser frigofóbico e termofóbico ou, por outras palavras, perfeitamente normal.

Não sei porque é que há tantas pessoas que dizem ostensivamente que gostam do calor. Estou a olhar para centenas delas, esticadas na areia, a "apanhar" sol. Só há três pessoas dentro de água porque a água está "fria" e a água fria tira o maravilhoso calor que toda a gente gosta tanto de sentir.

Eu odeio o calor como odeio o frio. Para mim o ideal é não ter nem calor nem frio. Acho que neste aspecto sou como todos os mamíferos sinceros.

Há quem diga gostar do frio como uma desculpa para se aquecer, com camisolas e lareiras. Mas isso não é gostar do frio - é gostar de estar quentinho. O mesmo se aplica a quem gosta do calor "porque só se está bem dentro de água". Mas dentro de água estão para aí 20 graus, se tiver sorte. Mas não seria tão espampanante dizer-se que se adora estar a 20 graus.

Digo 20 graus porque é essa a minha temperatura ideal, podendo tirar ou pôr 2 graus, para chegar a um espectro de 18 a 22 graus.

As pessoas que passam horas ao sol são de certeza friorentas, como os répteis; têm o sangue frio. Ou então habituam a pele à torra e depois lixam-se no Inverno. Aquelas que dizem gostar do frio também são friorentas porque precisam de várias camadas de vestimenta para poderem parar quietas.

Ter medo do frio e do calor é ser frigofóbico e termofóbico ou, por outras palavras, perfeitamente normal. O clima português dá-nos temperaturas para todos os gostos, seja-se moderado ou extremista.

É bom saber que este calor vai passar e que o frio ainda vai levar muito tempo a chegar.

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