Santana já tem quem o siga na criação de um novo partido

Pouco se sabe sobre o novo partido de Pedro Santana Lopes, mas João Pessoa e Costa, eleito para a Assembleia de Freguesia de Alvalade, vai acompanhar o ex-primeiro-ministro.

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Pedro Santana Lopes escreveu carta aos militantes do PSD quando se desfiliou do partido Nelson Garrido

O social-democrata João Pessoa e Costa anunciou na quinta-feira, por SMS, que vai desfiliar-se do PSD e renunciar ao lugar de vogal na Assembleia de Freguesia de Alvalade, em Lisboa, para acompanhar Pedro Santana Lopes na criação de um novo partido. É a primeira figura com responsabilidades políticas (neste caso, autárquicas) a deixar o PSD para apoiar Santana.

"Caras/os amigas/os, bom dia. Partilho a minha decisão de ontem de me desfiliar do PSD e de acompanhar o meu amigo de longa data Pedro Santana Lopes na criação de um novo partido político. Agradeço a todos os bons momentos de companhia na caminhada do PSD até hoje. Posto isto, vou renunciar ao meu lugar de vogal na Assembleia de Freguesia de Alvalade e retirar-me deste grupo. Boas férias", escreveu João Pessoa e Costa.

Ao PÚBLICO, Pessoa e Costa confirmou a informação e especificou que a sua decisão foi tomada no início desta semana. "Não tenho mais nenhum comentário a fazer a não ser que a minha posição tem a ver com uma questão de solidariedade e lealdade para com um amigo que me fez militante do PSD", acrescentou.

Esta posição de João Pessoa e Costa vem dar ânimo extra a Santana, numa altura em que alguns dos seus antigos apoiantes têm feito por se demarcar da posição tomada pelo antigo primeiro-ministro. A última foi Conceição Monteiro, antiga secretária de Sá Carneiro e ex-deputada do PSD. "Andámos sempre juntos em todas as batalhas. É com desgosto, não nego, que o vejo sair do partido", disse ao DN.

Pedro Pinto, que chegou a ser seu vereador em Lisboa, também assumiu a partir de agora, é como se fizessem "parte de clubes diferentes", mas garantiu ao Expresso, que os dois manterão a amizade de sempre. Jorge Barreto Xavier, ex-governante de Passos Coelho; João Montenegro, que foi director de campanha de Santana nas eleições internas de 13 de Janeiro; e Manuel Frexes foram outros dos seus indefectíveis que preferiam manter-se à margem do novo partido.

Ainda assim, Pedro Santana Lopes tem-se mostrado optimista com os números que as diferentes sondagens lhe atribuem. Na sua página do Facebook, escreveu recentemente, respondendo a um comentário de Francisco Louçã, que o bloquista ignorou que "mesmo a [sondagem] do Correio da Manhã dá 24,4% de pessoas que admitem votar [no seu futuro partido]. A do Expresso 5% de certeza e 15,4% que admitem. E alguns, donde? Do Bloco, pois. E ainda nem começou, não foi apresentado, nada".

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