Guarda-costas de Macron quebra o silêncio e diz que escândalo foi explorado politicamente

Pela primeira vez desde que foi demitido, Alexandre Benalla falou publicamente para admitir que cometeu “um grande erro”. Os Republicanos avançam com moção de censura.

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Benalla ao lado de Macron durante uma acção de campanha Regis Duvignau/Reuters

Alexandre Benalla, o homem no centro do escândalo que está a abalar a presidência de Emmanuel Macron, falou em público pela primeira vez desde que foi demitido da equipa de segurança pessoal do Presidente francês. O segurança admite ter cometido “um grande erro”, que acabou por ser utilizado para atingir politicamente Macron.

“Eu era o ponto fraco, o meu caso foi usado para ajustar contas, foi tirado da proporção”, disse Benalla numa entrevista ao diário Le Monde publicada esta quinta-feira. Sem mencionar nomes, o ex-segurança do Presidente francês diz que o caso “serviu vários interesses”.

Benalla viu o seu nome baptizar um affaire depois de ter sido identificado num vídeo gravado durante as manifestações do Dia do Trabalhador em Paris a agredir duas pessoas enquanto usava um capacete de polícia. Ao início, Macron decidiu apenas suspender Benalla durante 15 dias, mas o caso ganhou dimensão e foram abertas duas comissões de inquérito, na Assembleia Nacional e no Senado, para investigar a forma como o Palácio do Eliseu geriu o assunto.

Benalla acabou por ser demitido definitivamente na semana passada, mais de dois meses depois da gravação do vídeo. O segurança é alvo de uma investigação judicial.

O caso motivou a apresentação de uma moção de censura contra o Governo apresentada nesta quinta-feira ao Parlamento por Os Republicanos (direita), na oposição.

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