Jogos Europeus Universitários levam quatro mil atletas a Coimbra

Evento desportivo, que decorre até ao final de Julho, implicou investimento de cinco milhões de euros em requalificação de espaços

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Os Jogos Europeus Universitários (JEU), que arrancam neste domingo e se prolongam até 28 de Julho, levam mais de quatro mil atletas a Coimbra. A competir em 13 modalidades, estão representadas cerca de 300 instituições de ensino superior europeias.

O secretário-geral da comissão organizadora dos jogos, Mário Santos, referiu ao PÚBLICO que “foi um enorme desafio encontrar” forma de instalar os atletas. Algo que foi possível com recurso a residências universitárias, a unidades hoteleiras e ao alojamento local. O vice-reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, explica que não havia capacidade em acolher todos nas residências estudantis, onde ficarão instalados cerca de 800 atletas.

Tanto o alojamento como os transportes são assegurados pela organização, da qual fazem parte a Câmara Municipal de Coimbra, Universidade de Coimbra, Associação Académica de Coimbra e Federação Académica do Desporto Universitário.

Foram criadas várias linhas dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) dedicadas a transportar os atletas aos locais da cidade onde vai decorrer a competição. “Foi feito um estudo de forma a que eles não tenham de esperar mais de 20 minutos” por um autocarro, refere o director do departamento municipal de Cultura, Turismo e Desporto, Francisco Paz, acrescentando que há outras linhas do serviço regular que foram reforçadas. O serviço normal não é afectado pelo reforço destinado a servir os jogos, assegura.

Junto do estádio universitário haverá trânsito e estacionamento condicionado ao longo das duas semanas. Para além dos SMTUC, a CMC assegura o transporte dos atletas internacionais dos aeroportos para Coimbra com recurso a empresas privadas.

As cantinas da UC terão oferta condicionada, uma vez que houve a necessidade de concentrar esforços nos JEU. A universidade montou uma tenda perto do estádio que tem capacidade para servir 500 refeições, diz Amílcar Falcão.

No total, a UC investiu cerca de cinco milhões de euros no Estádio Universitário para requalificar equipamentos como os pavilhões 1, 2 e 3, os campos de ténis ou recuperar bancadas e balneários. Houve também trabalhos realizados em outros equipamentos desportivos da cidade, como o pavilhão Jorge Anjinho ou o pavilhão da União de Coimbra.

O vice-reitor sublinha ainda o papel do voluntariado na organização. “É importante realçar que estamos a trabalhar com custos bastante reduzidos, porque temos cerca de 1000 voluntários, sendo que a maioria dos voluntários é estudante”. Amílcar Falcão realça que esse trabalho “é absolutamente decisivo” para que os jogos sejam “de qualidade e com custos controlados. De outra forma, toda a estrutura logística seria difícil de suportar do ponto de vista financeiro”, acrescenta.

A primeira edição dos Jogos Europeus Universitários realizou-se em Córdova em 2012, sendo que Roterdão acolheu o evento dois anos depois. Em 2016, foi a vez da organização conjunta das cidades croatas de Zagreb e Rijeka.

Como legado dos jogos, Mário Santos destaca a série de obras realizadas, para além do impacto económico na cidade. Há também a questão do fomento da prática desportiva na universidade, afirma.

A cerimónia de abertura decorre neste domingo, no Pátio das Escolas, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues e do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo. O evento inaugural não é aberto ao público, mas todos os jogos têm entrada gratuita. 

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