A história dos maiores exploradores da história

Atlas das viagens e dos exploradores é um livro sobre os aventureiros que tornaram o globo terrestre “um lugar sem espaços em branco”.

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Nelson Garrido
Quando eu nasci, Pê de Pai
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Atlas: livro de mapas geográficos; volume de ilustrações elucidativas de um texto ou de uma área de conhecimento. Temos à nossa frente precisamente um Atlas — Atlas das Viagens e dos Exploradores, as viagens de monges, naturalistas e outros viajantes de todos os tempos e lugares —, proposta de uma editora que também é um planeta (Planeta Tangerina) e que tem por hábito misturar textos e ilustrações para nos mostrar, “aqui vamos nós”, que a imaginação não tem limites.

Pytheas (uma viagem até ao fim do mundo), Xuanzang (um monge filósofo e tradutor na rota da seda), Giovanni da Pian Del Carpini (um frade espião ao encontro dos mongóis), Marco Polo (as aventuras de Marco, Niccolo e Matteo em terras do Oriente), Ibn Battuta (uma longa viagem à Ásia e não só), Bartolomeu Dias (uma viagem contra o medo), Jeanne Baret (a primeira mulher da História a dar a volta ao mundo), Joseph Banks (uma expedição ao sul do Pacífico), Humboldt (explorações de um cientista-ecologista na América do Sul), Darwin (a viagem a bordo do Beagle) e Mary Henrietta Kingsley (uma aventureira destemida na África Ocidental). “Um dia alguém avançou e foi dar a outro lugar. E dois lugares que nunca tinham estado ligados, ligaram-se pela primeira vez. Desenhou-se um caminho: o primeiro mapa.” Este é um mapa de mapas, um bloco de anotações de alguns dos maiores exploradores da história universal, um caderno de esboços e desenhos que ajudam a explicar “o que pode levar alguém a fazer-se à estrada quando a estrada ainda não existe”.

Em poucos séculos, tudo mudou. “Não conhecíamos os limites do planeta e muitas áreas do mundo continuavam isoladas, sem ligação umas com as outras. Desconhecíamos não apenas as terras e as espécies que existiam noutras regiões, mas também as outras pessoas e as suas culturas.” Tapadas por um véu, cobertas por uma nuvem, essas zonas desconhecidas esperavam pela descoberta. Para sabermos o que era o mundo, tivemos de nos fazer ao caminho: de burro, de camelo, de barco ou a pé, saímos de casa rumo ao desconhecido e regressámos com as novidades espantosas de outros lugares. As viagens de monges, botânicos, comerciantes, marinheiros ou artistas deram contributos importantes para conhecermos melhor o planeta e sabermos da existência uns dos outros. “Descobrir”, sugere o Atlas, é isso mesmo: “tirar o que cobre, o que tapa, remover; desvendar”.

Recuamos alguns séculos. Estas histórias (agora ilustradas por Bernardo P. Carvalho) “põem-nos a imaginar o que ainda não existe, a ver o que ainda não vimos e, muitas vezes, essas imagens desassossegam-nos: despertam-nos!” “Para sabermos o que era o mundo”, escreve Isabel Minhas Martins, “tivemos de o percorrer de um lado para o outro, desvendar o que era desconhecido, encontrar o que era escondido, abrir os caminhos fechados, ir ao encontro de outras pessoas, animais e plantas”. “Tivemos também de deixar que a curiosidade e o entusiasmo pela aventura fossem mais fortes do que todos os medos. O medo do desconhecido. O medo de não conseguir voltar. O medo do que nos poderia acontecer.”

Estes exploradores tornaram o globo terrestre “um lugar sem espaços em branco”. Isabel Minhas Martins e Bernardo P. Carvalho, co-fundadores da Planeta Tangerina são os novos cronistas das suas viagens. “Sem apagar a história e evitando pintá-la de cor-de-rosa, destacamos os pequenos passos que se foram dando, no sentido deste maior respeito pelos outros, mas fazendo referência a alguns aspectos dos quais não nos orgulhamos tanto.” Ainda conseguimos imaginar um mundo sem mapas? E um mundo sem os outros?

Alimentação vegetal, a alimentação do futuro

“Cozinha vegetariana portuguesa, com certeza”. Para este livro, Gabriela Oliveira concentrou-se na “simbiose entre a culinária portuguesa e a vegetariana”. “Deixa-me especialmente satisfeita pois evoca as recordações dos sabores da infância e o universo popular, e, ao mesmo tempo, vai ao encontro das minhas convicções e maiores esperanças: que a alimentação de base vegetal seja encarada como a alimentação do futuro.” A antiga cozinha tradicional portuguesa não precisa de peixe nem de carne para ser saborosa e atractiva. Pataniscas de legumes, filetes de cogumelos, panadinhos de beringela, croquetes de grão e alheira, alheira de cogumelos, rojões de seitan, tofu à Zé do Pipo, tempero de vinha d’alhos, migas de feijão, açorda de tomate, cataplana de legumes…

Explorar as praias de forma diferente

Vigia, Samarra, Giribeto, Aroeira, Louriçal, Grota, Azarujinha, Avencas, Lagosteiros, Mijona, Alpertuche... Praias Escondidas - Lisboa revela informação detalhada sobre 32 praias a oeste e a sul de Lisboa e sugestões para as explorar de uma forma diferente — de passeios de caiaque a caminhadas com o seu cão ou snorkeling em águas cristalinas. “Não quisemos limitar-nos às óbvias praias com belos areais onde se pode passar o dia aproveitando o sol e tomando banhos de mar”, explicam os autores Robert Butler, que se estabeleceu na zona de Lisboa em 2006 (vive actualmente em Carcavelos com a mulher e o filho), e o fotógrafo profissional de paisagens e viagens Andy Mumford.

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