Bélgica-Japão ou o favorito contra o surpreendente

Se passarem aos quartos-de-finais, as duas selecções atingem marcas importantes na sua história.

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Hazard afirmou que a experiência dos belgas pode fazer a diferença nesta fase. LUSA/FRANCIS R. MALASIG

A Arena Rostov recebe nesta segunda-feira o Bélgica-Japão às 19h, e ambas as equipas encontram-se após duas fases de grupos bem distintas. Os belgas venceram o Grupo G com nove pontos e o maior número de golos conseguidos por qualquer equipa (nove). Os japoneses ficaram empatados com o Senegal em quase todas as estatísticas, mas receberam menos cartões amarelos o que a selecção africana, o que fez com que ficassem em segundo do Grupo H.

Rotulada como possível candidata a vencer o Campeonato do Mundo e como uma das selecções com um dos plantéis mais completos da prova, a Bélgica não desiludiu. Depois de golearem o Panamá por 3-0 e a Tunísia por 5-2, os “diabos vermelhos” mediram forças com a outra grande equipa do grupo, a Inglaterra, e fizeram o pleno após vencerem pela margem mínima.

Com este desempenho, a Bélgica já quebrou um recorde, pois está numa série de 22 jogos sem perder, a maior na história da selecção. Se chegar aos 23, a selecção europeia chega pela terceira vez aos quartos-de-final (depois do México 1986 e Brasil 2014) e igualam o seu recorde de quatro vitórias consecutivas em Mundiais, estabelecido há quatro anos.

Eden Hazard, uma das principais figuras da Bélgica, considera que esta é uma boa oportunidade para os belgas procurarem o sucesso na Rússia, porque “a maior parte dos jogadores está no pico da sua carreira”. “Nós temos tanta experiência e isso pode fazer a diferença em momentos importantes como os oitavos-de-final de um Campeonato do Mundo”, afirmou o extremo na antevisão da partida com os nipónicos.

Já o Japão, a última vez que chegou a esta fase num Mundial foi na edição de 2010. Na África do Sul, os “samurais” perderam por 5-3 nas grandes penalidades frente ao Paraguai. Desta vez, querem chegar aos quartos-de-final pela primeira vez na sua história e mostrar que mereceram passar a fase de grupos. Para tal, a selecção asiática conta com a experiência de quatro dos seus jogadores que chegam ao seu 11.º jogo de um Mundial: o guarda-redes Eiji Kawashima, o defesa Yuto Nagatomo, o médio Makoto Hasebe e o atacante Shinji Okazaki. Além disso, este jogadores têm experiência nos principais campeonatos europeus: Kawashima joga no Metz de França, Nagatomo esteve sete anos no Inter de Milão (actualmente está no Galatasaray), Hasebe disputa a Bundesliga pelo Eintracht Frankfurt e Okazaki joga a Premier League pelos ingleses do Leicester.

Takashi Inui destacou-se na fase de grupos, ao fazer um golo e uma assistência no empate do Japão com o Senegal, e agora revelou que os asiáticos querem “jogar um futebol de passe e dominar o jogo”. “A minha imagem da Bélgica é de três centrais e dois médios defensivos, com dois extremos atacantes. Acho que deverá existir espaço para nós atrás dos alas ou perto dessa área em geral”, perspectivou o extremo ao site oficial da FIFA.

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