Assunção Cristas alerta para falta de intervenção nos viadutos de Pedrouços

Em Julho do ano passado, o executivo de Lisboa aprovou a reabilitação destas infra-estruturas, numa intervenção que deveria ser "urgente e de fundo", mas até agora ainda ''nada aconteceu'', afirma Assunção Cristas.

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Miguel Manso

A vereadora do CDS-PP na Câmara Municipal de Lisboa Assunção Cristas criticou esta segunda-feira que, um ano depois de ter sido aprovada a reabilitação dos viadutos de Pedrouços, considerada "urgente e de fundo", ainda "nada aconteceu".

Os vereadores Assunção Cristas e João Gonçalves Pereira estiveram esta segunda-feira junto aos viadutos, localizados em Belém, e convidaram os jornalistas a observar os sinais de degradação que denunciaram naquelas infra-estruturas.

A 13 de Julho do ano passado, o executivo de Lisboa aprovou por unanimidade a contratação de uma empreitada de 998.284,68 euros para reabilitação destas infra-estruturas, numa intervenção que deveria ser "urgente e de fundo", e cujos trabalhos tinham um prazo estipulado que variava entre um mínimo de 240 dias e um máximo de 300 dias.

"Nós naturalmente que demos tempo para que as coisas acontecessem. Um ano depois, como nada ainda aconteceu, nada é visível, achámos que era importante fazer de novo esta chamada de atenção e esta denúncia", disse Assunção Cristas.

Lembrando que os vereadores centristas já tinham denunciado "há um ano, no final de maio, a degradação deste viaduto", Cristas considerou "lamentável que um ano depois a situação seja a mesma, ou pior, porque já leva um ano em cima".

Na proposta que foi aprovada em Julho, assinada pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, é referido que "no decurso das inspecções principais realizadas aos viadutos de Pedrouços, inseridas no programa de inspecções periódicas levadas a cabo pela Câmara de Lisboa, surgiu a necessidade de se proceder a um estudo de reabilitação geral das respectivas estruturas".

Verificou-se, então, "ser fundamental proceder a uma intervenção urgente e de fundo aos referidos viadutos, a fim de cumprir os necessários requisitos de segurança regulamentares atuais", pelo que "é prioridade deste município levar a cabo o presente projecto por razões de segurança de utilização funcionamento e durabilidade dos viadutos de Pedrouços".

Assunção Cristas salientou então que "a própria Câmara reconhece que [a obra] é urgente, para cumprir os requisitos de segurança".

"Os compromissos seriam para dois anos - 2017, 2018 - já vamos em meados de 2018, e ainda nada aconteceu aqui", advogou a autarca, salientando que estas "são intervenções de fundo e que têm de ser desencadeadas de imediato".

"A verdade é que um ano depois nós estamos aqui. Como podemos ver, nada aconteceu nestes viadutos de Pedrouços", vincou a centrista, lamentando que "esta degradação pode levar qualquer dia a um acidente imprevisível", que necessite de uma intervenção "de urgência com um ajuste directo".

Segundo o CDS-PP, este procedimento concursal "está parado, sem haver nenhuma decisão ainda".

Cristas assinalou também um "contraste nas prioridades da Câmara", uma vez que estava a ser pintada uma ciclovia, afirmando que "ao lado são incapazes de fazer obras estruturais que têm a ver com a segurança das pessoas, com as questões infra-estruturais da cidade".

"Fernando Medina não se interessa por estes assuntos. Isto mostra uma Câmara e um presidente desfocado, que não olha para o essencial, que mais uma vez gosta de fazer flores, mas não gosta de tratar daquilo que são as questões estruturantes e estruturais de uma cidade, com a segurança à cabeça", criticou.

Esta acção serviu então para "chamar Fernando Medina à pedra", para "depois se algo de mal acontecer que não venha dizer que não foi avisado".

A vereadora afirmou que para além destas infra-estruturas, a degradação afecta também o "viaduto na Praça de Espanha e o viaduto na Segunda Circular".

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