Uma carta da câmara

Agradeço a Sandra Varela a iniciativa de escrever à Câmara de Cascais e agradeço a esta o exemplo que deu de competência e abertura à comunicação pessoal com os cidadãos.

Sandra Varela escreveu à Câmara de Cascais a propósito duma crónica minha em que eu contava o horror de ver uma pata a matar um patinho recém-nascido. Citei também um senhor que estava ali que acusou a câmara de não alimentar os patos daquele jardim, o Parque Marechal Carmona.

Recebeu da câmara uma resposta pormenorizada, assinada por Ana Maria Catarino, da Divisão de Atendimento ao Cidadão. É admirável que se responda assim às inquietações dos cidadãos – e é bom saber que a câmara vela pelo bem-estar das aves dos parques de Cascais.

Para dissuadir as gaivotas de caçar patinhos, a câmara instalou um equipamento especial que emite sons que afugentam as gaivotas. Acredito porque apesar de o parque estar mesmo junto ao mar é muito raro ver lá uma gaivota.

Mais garante que as aves são alimentadas diariamente, informando que a Divisão de Gestão da Estrutura Verde gasta 5 mil euros por ano em comida para alimentar as aves existentes nos quatro parques de Cascais.

Quanto à violência dos patos, diz que não é muito usual, mas que acontece com animais selvagens. É verdade. Como observador de patos, é a primeira vez que vejo tal coisa – e espero que seja a última, embora o comportamento dos patos-bravos – sobretudo dos machos – seja frequentemente violento.

Agradeço a Sandra Varela a iniciativa de escrever à Câmara de Cascais e agradeço a esta o exemplo que deu de competência e abertura à comunicação pessoal com os cidadãos. São gestos civilizados como este que nos satisfazem – e dão esperança.                                 

 

 

 

 

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