Atlético usou tradutor para carimbar “tri” na Liga Europa

Eficácia de Antoine Griezmann foi decisiva, com dois golos a dois passos da terra que o viu nascer. Deslize de Anguissa e lesão de Payet arrastaram Marselha para espiral depressiva insuperável.

Esporte de equipe, torneio, equipe
Fotogaleria
, EPA/SASCHA STEINBACH,EPA/SASCHA STEINBACH
Esporte de equipe, campeonato, equipe
Fotogaleria
REUTERS/Peter Cziborra
Jogo, Esporte de equipe, Campeonato, jogador, equipe
Fotogaleria
, REUTERS/Christian Hartmann,REUTERS/Christian Hartmann
Griezmann bisou em Lyon e deu a vitória ao Atlético de Madrid
Fotogaleria
Griezmann bisou em Lyon e deu a vitória ao Atlético de Madrid REUTERS/Gonzalo Fuentes

O Atlético de Madrid conquistou esta quarta-feira pela terceira vez na sua história a Liga Europa, ao vencer o Olympique de Marselha, por 3-0, com golos de Antoine Griezmann (21' e 49') e Gabi (89'), na final disputada em Lyon, França.

Os madrilenos sucedem ao Manchester United e elevam para onze o número de troféus conquistados por clubes espanhóis, seis dos quais nos últimos nove anos.

O Marselha entrou forte, intenso, a pressionar e a sufocar os madrilenos, que sentiram uma indesmentível impotência para organizar o seu jogo e accionar a dupla atacante perante um adversário que teve de deslocar o brasileiro Luiz Gustavo para o eixo da defesa.

Os primeiros 20 minutos foram de total domínio francês, com Germain  (solicitado pelo rei das assistências, Dimitri Payet) a falhar, logo ao quarto minuto, de forma imperdoável, o golo que teria catapultado o Olympique para uma primeira parte de gala.

Para compensar a deslocação de Luiz Gustavo para central, Rudi Garcia apostou em Zambo Anguissa, cuja disponibilidade física marcou o ritmo inicial, mas cujo nome acaba por ficar associado ao erro que alterou o rumo da final. O guardião Mandanda recebeu uma bola de Luiz Gustavo e tentou colocar em Anguissa, que falhou a recepção.

Gabi aproveitou para isolar Antoine Griezmann, que não teve problemas em colocar o Atlético de Madrid em vantagem. O golpe resultou profundo, com o Marselha incapaz de recuperar o controlo perante uma equipa mais rotinada em ambientes decisivos.

Mas o golo de Griezmann seria apenas a ponta do iceberg de uma depressão profunda, já que a lesão de Payet impediu-o de prosseguir em campo à entrada do último quarto-de-hora da primeira parte. Lyon gelou nesse instante, com Payet em lágrimas, consolado por companheiros e adversários.

O Marselha lançava Maxi Lopez, mas era já o Atlético a ditar as regras. Com Simeone a gerir a situação de camarote, os espanhóis tinham a janela de oportunidade perfeita para vencer um adversário francês na própria casa... ainda que “emprestada”, algo que não sucedida desde 1961.

E foi com a mesma eficácia da primeira parte que Griezmann mergulhou os franceses numa espécie de comoção, ao surgir como um relâmpago, da direita, para fulminar as aspirações do Marselha logo aos 49 minutos.

O Marselha só perto do final esteve perto de bater Oblak, com Mitroglou a cabecear ao poste (81'), acabando por pagar um preço elevado no último minuto, quando Gabi completou a goleada.

Com este desfecho, o Marselha não só perdeu uma oportunidade rara de conquistar um troféu internacional depois da Liga dos Campeões (1992/93), como ainda igualou o recorde indesejado do Benfica, com três finais perdidas na Liga Europa, após as derrotas de 1999 e 2004.

Sugerir correcção
Comentar