Perto de 1900 toneladas de alimentos distribuídas a 52.000 pessoas carenciadas

Números foram adiantados nesta quarta-feira pela Secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim.

Foto
As pessoas mais carenciadas precisam de alimentos "todos os dias", frisou Cláudia Joaquim

Perto de 1900 toneladas de alimentos foram distribuídas a mais de 52 mil pessoas carenciadas entre Outubro e Fevereiro, ao abrigo do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas (POAPMC), anunciou nesta quarta-feira o Governo.

"Nós previmos que fossem apoiados neste programa cerca de 60 mil destinatários", mas "estão identificados cerca de 64 mil" e 52.979 estão a receber alimentos todos os meses, disse a secretária de Estado da Segurança Social, Cláudia Joaquim, na Comissão do Trabalho e da Segurança Social.

Segundo Cláudia Joaquim, os restantes destinatários que foram sinalizados estarão a receber o cabaz alimentar dentro de "um mês, dois no máximo".

Entre Outubro de 2017 e Fevereiro de 2018 foram distribuídas 1857 toneladas de alimentos em 134 territórios do país.

A distribuição realizada em Fevereiro integrou 15 produtos de um cabaz alimentar, com uma média de 24 quilos de alimentos, que é distribuído mensalmente por beneficiário.

A questão dos cabazes alimentares foi levantada pela deputada do PS Carla Tavares e pelo deputado do CDS-PP, António Carlos Monteiro, que criticou o "fiasco da execução" do programa, considerando que "revela uma completa insensibilidade social e o fiasco da execução".

Em resposta ao deputado do CDS-PP, a governante disse que "a execução do programa se vê pelos alimentos que chegam às pessoas em cada momento". "Em 2014-2015, no anterior Governo", era distribuída uma média de 1,5 quilos de alimentos por mês aos beneficiários e hoje são 24 quilos, elucidou.

"A diferença deste modelo é que foi desenhado um cabaz de alimentos equilibrado nutricionalmente, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde, que está a ser distribuído mensalmente e não apenas um cabaz de Natal, que era o que acontecia”, referiu. As pessoas mais carenciadas necessitam de alimentos "todos os anos, todos os meses e todos os dias e não apenas na altura do Natal", rematou Cláudia Joaquim.

Os destinatários dos cabazes alimentares foram identificados pelas instituições de solidariedade social e a sua elegibilidade foi confirmada pela Segurança Social.

O modelo de execução do programa no país assenta numa rede de 135 parcerias distribuídas por todo o território, que integram mais de 600 entidades com a responsabilidade de armazenar os alimentos destinados ao território onde atuam e de proceder à sua distribuição pelas pessoas carenciadas.

O s cabazes alimentares integram na sua composição carne, peixe e legumes congelados, com o objectivo de cobrir as necessidades nutricionais diárias em 50%.

Segundo o último Inquérito às Condições de Vida e Rendimento do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2016 a taxa de risco de pobreza atingia 18,3% da população.

 

Sugerir correcção
Comentar