Empregado de mesa foi despedido por ser rude. Ele indigna-se: ser francês é assim

O homem diz que a cultura francesa tende a ser mais “directa” e apresentou uma queixa num tribunal canadiano por “discriminação”.

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Guillaume Rey diz que tirou formação em França e que lá aprendeu a ser directo e honesto — mas os donos do restaurante diziam que era desagradável Jean-Paul Pelissier/REUTERS

Guillaume Rey, um empregado de mesa francês que trabalhava num restaurante no Canadá foi despedido por ser “agressivo, mal-educado e insolente” – mas diz que só é assim porque é francês. E, por isso, apresentou uma queixa no Tribunal de Direitos Humanos de British Columbia contra a sua entidade patronal anterior por “discriminação contra a sua cultura”, avança a AFP nesta segunda-feira.

Os proprietários do restaurante, localizado em Vancouver, na zona Oeste do país, acusam o francês de quebrar o código de conduta do estabelecimento, afirmando ainda que tentaram por várias vezes alertá-lo para o seu comportamento, tanto por forma escrita como verbal.

Na queixa apresentada, Rey diz que a cultura francesa “tende a ser mais directa e expressiva”, e que aprendeu no sector hoteleiro de França, onde tirou formação, a ter uma “personalidade directa, honesta e profissional”, refere a AFP. Os proprietários do restaurante concordam que, apesar do seu comportamento desagradável, Rey era bom no seu trabalho.

“Rey terá de explicar em que é que a sua herança francesa contribui para que tenha um comportamento que seja mal interpretado como uma violação das regras do trabalho que definem aquilo que é uma conduta aceitável”, disse Devyn Cousineau, jurista naquele tribunal.

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