Margot Robbie vai dar uma perspectiva feminina a Shakespeare
A actriz australiana, nomeada este ano para um Óscar pela prestação em Eu, Tonya, vai produzir uma série de dez episódios em que argumentistas e realizadoras suas compatriotas adaptam peças do autor britânico para as actualizar para os tempos em que vivemos.
Nos tempos de Shakespeare, os homens faziam todos os papéis nas peças. Até os femininos. Esta sexta-feira, foi anunciado que Margot Robbie, a actriz australiana que foi este ano nomeada para um Óscar de Melhor Actriz por Eu, Tonya, está a preparar uma série de antologia de dez episódios com adaptações contemporâneas das peças do autor britânico, isto sob uma perspectiva feminina. Cada episódio reflectirá a sociedade australiana e global dos dias de hoje.
Robbie vai ser uma das produtoras executivas através da LuckyChap, a produtora que fundou com o marido em 2014 para dar mais visibilidade a histórias contadas por e sobre mulheres. A notícia foi dada esta sexta-feira pelo jornal britânico The Guardian, que adiciona que será uma co-produção da ABC, a Australian Broadcasting Corporation e que tem como objectivo mostrar a diversidade cultural do país, com argumentistas vindas de diferentes áreas e culturas que existem na Austrália.
Este tipo de actualização de Shakespeare para o presente não é nada de novo, quer se mantenham os diálogos como foram escritos originalmente ou não. Há exemplos como o também australiano Baz Lurhmann e o seu Romeu + Julieta, de 1996, Gil Junger e 10 Coisas que Odeio em Ti – baseada em A Fera Amansada –, de 1999, ou Michael Almereyda e Hamlet 2000, no ano que lhe dá parte do nome, entre muitos outros exemplos.
A série, ainda não tem nome, nem há informações sobre quando e como estará disponível internacionalmente. Nowhere Boys, por exemplo, outra série da ABC onde tem trabalhado Giula Sandler, que segundo o Deadline é a criadora desta nova série e vai escrever o guião de um dos episódios, está disponível em Portugal através do Netflix.