Marcelo defende acção do Governo e desaconselha alarmismos

O Presidente da República diz que "mais vale tarde do que nunca" e que o facto de as obras se estenderem por dois anos indica "que não há um grau de urgência igual para todas as reparações".

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JOAO RELVAS

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu na quinta-feira que o Governo "fez o que devia ter feito" em relação à situação da Ponte 25 de Abril e desaconselhou alarmismos.

"Não sejamos alarmistas. O que há é duas coisas: há um relatório que aponta para urgência em obras — não quer dizer que a ponte esteja a cair; e há o Governo que percebe a urgência e que determina essas obras", declarou o chefe de Estado aos jornalistas, no final de uma visita a uma fábrica do sector têxtil, em Alfragide, na Amadora. Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "mais vale tarde do que nunca" e o facto de as obras se estenderem por dois anos indica "que não há um grau de urgência igual para todas as reparações".

Interrogado se a acção do Governo não poderá ser tardia, o Presidente da República respondeu que "não", acrescentando: "Logo que chegou o relatório — é assim que normalmente se faz, há um relatório técnico, o relatório técnico mostra que há pontos onde é necessário haver intervenções - o Governo decidiu intervir". "Acho que fez o que devia ter feito. E acho que o parlamento também discutir essa matéria tem toda a lógica", completou.

O Presidente da República começou por referir que o Governo anunciou "obras urgentes ao longo dos próximos dois anos para fazer face à situação que, aparentemente, existe, a dar fé a esse relatório". "Eu espero que as obras comecem rapidamente. Para o Governo reagir tão depressa é porque considera que realmente se justifica", considerou.

Questionado sobre o pedido de esclarecimento do CDS-PP sobre eventuais atrasos no arranque das obras, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu: "Não tenho elementos para falar sobre isso, também só tive conhecimento do relatório neste momento".

O chefe de Estado realçou que nunca ouviu falar em "risco de colapso". "Atenção, são coisas diferentes. Uma coisa é haver situações que exigem uma intervenção em termos de reparação, outra coisa é haver risco de colapso. Se houvesse risco de colapso, a ponte estava fechada, como é natural. E sobretudo, havendo o relatório, que por aquilo que me dizem é um relatório que já existe há algum tempo. Portanto, não sejamos alarmistas", apelou.

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