Primeira acção de Rui Rio foi assumir a proximidade a Costa diz Santana Lopes

O novo presidente do PSD encontrou-se com o primeiro-ministro logo após o congresso dos sociais-democratas. O ex-candidato rival teria optado por se encontrar primeiro com Cristas.

Foto
LUSA/MIGUEL A. LOPES

Pedro Santana Lopes, ex-candidato à liderança do PSD, falou nesta sexta-feira da estratégia de oposição do novo líder social-democrata, Rui Rio. Santana Lopes afirmou que teria “optado primeiro por falar com Assunção Cristas” e só depois com o primeiro-ministro António Costa a propósito do encontro de Rui Rio com o líder socialista já enquanto presidente do PSD, logo após o congresso dos sociais-democratas.

“Teria sido a minha opção. Isso teria um significado político”, analisou o candidato derrotado do PSD, no programa Expresso Para a Meia Noite, na SIC Notícias, transmitido nesta sexta-feira, ao final da noite. “Rui Rio não teve a mínima hesitação: era acusado de ter uma grande aproximação de António Costa — até por mim —, e o seu primeiro acto foi assumi-lo”, reconheceu.

No entanto, ressalva que uma possível futura proximidade do Partido Socialista à direita pode ser prejudicial para os socialistas — e para os seus acordos com os partidos de esquerda. “Não sei se é bom para o PS este namoro para os dois lados”, notou.

Ainda assim, apontou que a liderança de Rui Rio é uma vantagem para António Costa. “No dia em que o PS tiver mesmo que decidir entre a esquerda e o PSD tem aqui um bónus que é Rui Rio dizer: ‘eu viabilizo-lhe o governo’”, afirmou Santana Lopes.

“O PSD vai querer mostrar que está”, afirmou. Ainda assim, Santana Lopes mantém-se céptico em relação a acordos. “Eu sou muito pouco crente nesta época politica na sua adequação para acordos. É uma proeza se acontecerem”, considerou, repetindo o que defendeu durante o período de campanha para a liderança do partido. A opinião foi partilhada por Pedro Silva Pereira, eurodeputado do PS, também presente na mesa do programa. 

Sugerir correcção
Comentar