Pelo menos 50 raparigas podem ter sido raptadas pelo Boko Haram

Paradeiro de dezenas de estudantes permanece desconhecido dois dias após um ataque do grupo terrorista a uma escola no nordeste.

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Imagens das raparigas raptadas em 2014 pelo Boko Haram. A maioria das cerca de 270 alunas raptadas regressou entretanto a casa Reuters/REUTERS TV

Pelo menos 50 raparigas (podendo o número chegar a 90, segundo a Reuters) são dadas como desaparecidas no nordeste da Nigéria após um ataque executado por militantes do grupo extremista islâmico Boko Haram, segundo informou o governo do estado de Yobe. O ataque ocorreu na manhã de segunda-feira.

A maioria dos professores, funcionários e alunas conseguiram escapar. Cerca de metade das alunas que fugiram da escola após a acção armada foram encontradas mais tarde em aldeias a 30 quilómetros do estabelecimento de ensino, segundo dizem testemunhas locais à BBC.

No entanto, o paradeiro de dezenas de menores permanece incerto passados dois dias, pelo que se teme que as alunas tenham sido raptadas. O cenário do rapto é contestado por fontes oficiais dos serviços de segurança da Nigéria, que afirmam que é provável que as estudantes estejam escondidas na vegetação, crendo que poderá estar para breve o seu reaparecimento. Entretanto, prosseguem as buscas na região.

Os familiares das jovens desaparecidas queixam-se de falta de informação por parte das autoridades nigerianas. Em declarações à AFP, o pai de uma rapariga de 16, que permanece incontactável, acrescenta ainda que há um grande grau de incerteza sobre o número exacto de potenciais vítimas.

O desaparecimento destas alunas acontece quatro anos depois do rapto de 270 raparigas de uma escola na localidade de Chibok. O ataque de 2014 atraiu rapidamente a atenção da opinião pública mundial, levando a uma campanha global pela sua libertação, sob o mote #BringBackOurGirls.

A nova acção do Boko Haram, esta semana, vem sublinhar a fragilidade das condições de segurança no nordeste da Nigéria, apesar de vários anos de esforços por parte das autoridades para combater os extremistas islâmicos.

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