Rio com votação bastante inferior a Passos para a CPN

Escolha de Elina Fraga foi mal recebida pelo congresso e reflectiu-se na votação para os novos órgãos nacionais do PSD.

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Rui Rio com Elina Fraga no Congresso no qual foi eleita vice-presidente LUSA/MIGUEL A. LOPES

O mal-estar que se instalou no congresso do PSD quando foi conhecida a escolha de Elina Fraga, a ex-bastonária dos Advogados, para vice-presidente da Comissão Política Nacional (CPN) de Rui Rio, antecipou a sonora vaia que no domingo se ouviu no Centro de Congressos de Lisboa quando o seu nome foi anunciado para subir ao palco no encerramento da reunião magna dos sociais-democratas.

O nome de Elina Fraga suscitou dúvidas e reservas junto dos congressistas e a sua escolha foi mesmo classificada como "traição" por parte da ex-ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz. Na hora de votar, os congressistas não desperdiçaram a oportunidade de evidenciar o seu descontentamento. A lista de Rio para a CPN não chegou aos 65%, longe dos 79,8% dos votos expressos conseguidos há dois anos por Passos Coelho. Rio contabilizou 476 votos a favor, num universo de 735 votantes, registando-se 190 brancos e 69 votos nulos, o que significa que um terço dos militantes não se revê nas escolhas do sucessor de Passos.

Este foi o segundo pior resultado alcançado por um líder do partido depois de instituídas as directas, por Marques Mendes, em 2006. Luís Filipe Menezes teve um resultado ligeiramente a baixo de Rio: 61,8% dos votos.

Da CPN de Rio fazem parte David Justino, Elina Fraga, Isabel Meirelles, Castro Almeida, Morais Sarmento e Salvador Malheiro. Feliciano Barreiras Duarte é o novo secretário-geral, completando a equipa da Comissão Permanente, órgão de direcção mais restrito do PSD.

A lista conjunta Rio/Santana para o Conselho Nacional elegeu 34 em 70 elementos para este órgão. Além desta lista houve mais sete, uma das quais liderada pelo deputado Bruno Vitorino, que elegeu dez conselheiros nacionais.

 

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