Cristas acusa a esquerda de “não estar preocupada com os mais frágeis”

Líder do CDS-PP reagiu "com muita serenidade e muita esperança" a notícia do Expresso sobre possível chumbo do Tribunal Constitucional à lei da gestação de substituição.

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Assunção Cristas NUNO FERREIRA SANTOS

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou este sábado, no Entroncamento, a esquerda de não estar "nada preocupada em proteger a população mais vulnerável e mais frágil", lamentando o chumbo do pacote legislativo para protecção dos mais idosos, apresentado pelo seu partido.

Assunção Cristas, que visitou o mercado municipal do Entroncamento no âmbito da iniciativa "Ouvir Portugal", criticou as "esquerdas unidas” pelo chumbo, na sexta-feira, da proposta centrista para criminalização dos maus tratos e do abandono de idosos.

Assunção Cristas realçou a iniciativa que o partido está a promover, de ouvir as pessoas "no terreno", pedindo que partilhem, por carta ou por email, as suas preocupações e opiniões, contributos para que o partido possa ter "um grande programa eleitoral, construído não apenas pelo CDS e pelos muitos independentes" que colaboram com o partido.

Até agora, as questões da saúde têm sido "muito sinalizadas", além da situação dos mais idosos, das pensões e do emprego, disse, apontando o caso que escutou hoje, de uma pessoa com 61 anos que "já passou todos os prazos do subsídio de desemprego, está com rendimento mínimo, quer trabalhar e não consegue encontrar trabalho".
"Felizmente o desemprego desceu, mas é preciso encontrar mais trabalho, mais investimento, mais crescimento para o país", declarou.

Gestação de substituição: "serenidade e esperança"

A líder do CDS-PP disse também que aguarda com "muita serenidade e muita esperança" a decisão do Tribunal Constitucional sobre a gestação de substituição, depois de questionada sobre uma notícia do semanário Expresso, segundo a qual a maioria dos juízes do Tribunal Constitucional (TC) é favorável ao chumbo da lei que regula a procriação medicamente assistida.

Cristas lembrou que o CDS foi o único partido que quis verificar a conformidade deste diploma porque tinha "muitas dúvidas", notando o apoio de vários deputados do PSD que permitiram chegar ao número necessário para o fazer, e dizendo que foi feito na convicção de era importante" uma "actuação clarificadora" à lei que entrou em vigor no ano passado.

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