Senado aprova lei controversa sobre o Holocausto

Governo quer que os crimes nazis sejam atribuídos apenas aos nazis. Lei ainda precisa de ser aprovada pelo Presidente polaco.

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LUSA/RADEK PIETRUSZKA

O Senado da Polónia aprovou na madrugada desta quinta-feira a polémica lei sobre o Holocausto, que tem como objectivo "defender a imagem do país", mas que é contestada por Israel, que acusa Varsóvia de "querer reescrever a história".

O diploma prevê até três anos de prisão ou uma multa para quem utilize a expressão "campos da morte polacos" para denominar os campos de extermínio instalados pelo regime nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

Na quarta-feira, os EUA juntaram-se aos protestos de Israel, pedindo a Varsóvia que reconsidere a sua posição e expressando "profunda preocupação" pelos efeitos do diploma.

"Expressões como 'campos da morte polacos' são imprecisas, susceptíveis de induzir a erros e provocar feridas, mas receamos que se for promulgado o diploma afecte a liberdade de expressão e o debate histórico", declarou a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Heather Nauert, em comunicado.

Para que entre em vigor, o texto precisa agora de ser promulgado pelo Presidente polaco, Andrzej Duda.

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