Quiosque japonês está de regresso ao Largo de Mompilher

Estrutura deverá reabrir dentro de um mês, dedicada, provavelmente, à venda de bebidas

O quiosque japonês regressa ao seu local habitual dois anos depois
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O quiosque japonês regressa ao seu local habitual dois anos depois Paulo Pimenta
A estrutura dos anos 1930 está classificada como imóvl de interesse municipal
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A estrutura dos anos 1930 está classificada como imóvel de interesse municipal Paulo Pimenta
O quiosque de madeira ardeu em Junho de 2014
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O quiosque de madeira ardeu em Junho de 2014 Paulo Pimenta
A sua actividade futura deverá passar pela venda de bebidas
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A sua actividade futura deverá passar pela venda de bebidas Paulo Pimenta

Dois anos depois de ter sido retirado do Largo de Mompilher, no centro do Porto, o quiosque japonês está de regresso. A estrutura está já a ser montada e, segundo informação da Câmara do Porto, deverá ficar completamente pronta até ao final desta semana. A abertura está prevista para daqui a um mês.

O quiosque, classificado como imóvel de interesse municipal, ardeu em Junho de 2014, entrando num processo de degradação que levou a que fossem desaparecendo muitas das peças que permaneciam no local, depois do incêndio. A estrutura só viria a ser retirada em Janeiro de 2016, pelos serviços camarários, para que o proprietário pudesse avançar, então, com o restauro.

Construído nos anos 1930, o quiosque vermelho e branco, de inspiração japonesa, é um dos mais icónicos do Porto. Apesar de ser privado, é um bem classificado pela autarquia, pelo que a mudança de uso da estrutura necessita de autorização camarária. Foi também por estar classificado que a reabilitação de que foi alvo foi supervisionada pelos serviços camarários do Património Cultural, ainda que tenha sido feita pelo proprietário privado.

Segundo a informação da Câmara do Porto enviado ao PÚBLICO, o quiosque deverá reabrir “dentro de um mês” e já não deverá dedicar-se à venda de jornais e revistas, como acontecia antes do seu encerramento. A autarquia refere que na estrutura será retomada “a actividade prevista no regulamento de quiosques do município do Porto, podendo também vir ali a ser feita a venda de bebidas e de comidas pré-embaladas”.

O processo de autorização da mudança de uso do quiosque arrastou-se na câmara ao longo de vários meses. Depois de haver uma quebra de vendas dos jornais e revistas, a anterior proprietária considerou pedir uma mudança de uso à câmara e continuar a explorar o espaço, mas problemas de saúde levaram-na a optar pela venda. Também o novo proprietário se veria confrontado com a demora da autarquia em autorizar a mudança de uso do quiosque, para um espaço de venda de bebidas, tendo mesmo reclamado em reunião camarária, em Outubro de 2015, a agilização do processo. Na altura, os responsáveis autárquicos deram-lhe razão, mas levaria ainda mais três meses até que a estrutura pudesse, efectivamente, ser retirada para restauro.

O quiosque japonês, em madeira e de formato hexagonal, foi erigido para substituir uma estrutura anterior que existia no mesmo local, em ferro. A sua classificação como imóvel de interesse municipal data de 1996.

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