Portuguesa acusada de pertencer a grupo neonazi sai em liberdade condicional

Claudia Patatas já tinha alegado inocência numa audiência anterior, a 9 de Janeiro, num tribunal de Londres.

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A organização de extrema-direita Acção Nacional foi proibida em Dezembro de 2016 pelo governo britânico LUSA/HANNAH MCKAY

Uma mulher portuguesa acusada de pertencer a um grupo neonazi britânico proscrito foi esta sexta-feira libertada com medidas de coacção, mas os restantes cinco réus acusados de instigarem ou prepararem actos terroristas ficaram em prisão preventiva.

Numa audiência preliminar no Tribunal Criminal Central de Londres, o juiz Charles Haddon-Cave aceitou o requerimento feito pelo advogado de defesa, Paul Waverley. Claudia Patatas, que completou 38 anos há menos de duas semanas, tinha alegado inocência numa audiência anterior, a 9 de Janeiro, no tribunal de Magistrados de Westminster.

A portuguesa e os cinco homens britânicos com idades entre os 21 e os 28 anos, incluindo o companheiro de Patatas, estão acusados de envolvimento na preparação e instigação de actos de terrorismo e de pertencerem à organização de extrema-direita Acção Nacional, proibida em Dezembro de 2016 pelo governo britânico.

A ministra da Administração Interna, Amber Rudd, descreveu na altura a Acção Nacional como "uma organização racista, anti-semita e homofóbica que suscita o ódio, glorifica a violência e promove uma ideologia vil" devido ao material que disseminava na Internet, nomeadamente nas redes sociais, com imagens e linguagem violentas e apelos a actos de terrorismo.

Os seus membros ou apoiantes podem ser condenados até dez anos de prisão. A pedido da procuradora pública, o juiz impôs restrições sobre a matéria em julgamento. O julgamento foi adiado até uma data a determinar, possivelmente em Junho.

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